sexta-feira, 27 de maio de 2016

Paraíba tem 11 mortes por microcefalia confirmadas, diz Secretaria da Saúde

Um total de 11 mortes por já foram confirmadas como decorrentes da microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita na Paraíba, segundo informou a Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta sexta-feira (27). Além destas, outras 10 mortes seguem sendo investigadas e três já foram descartadas como sendo decorrentes da microcefalia. As mortes foram registradas nos municípios de Sapé (2); São José do Sabugi (1); São João do Rio do Peixe (1); Santa Rita (2); Olivedos (1); Juazeirinho (1); João Pessoa (1); Conde (1) e Campina Grande (1).

O relatório da SES confirma o número de 129 casos confirmados de microcefalia divulgados na quarta-feira (25) pelo Ministério da Saúde. O Informe Epidemiológico é referente à semana 20 deste ano, até o dia 21 de maio. A contagem começou em agosto de 2015.

De outubro de 2015 a maior deste ano, foram notificados 881 casos, sendo que 439 já foram descartados – por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso – e 313 seguem em investigação.

O novo boletim confirma 1.434 casos de microcefalia em todo o país. No total, foram notificados 7.623 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 3.257 permanecem em investigação. Outros 2.932 foram descartado.

O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

CaririLigado

Anonymous diz que procura envolvidos em estupro coletivo no Rio de Janeiro

O grupo de hackers Anonymous Brasil divulgou hoje (27) uma nota em que afirma estar à procura dos envolvidos no estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, ocorrido no último fim de semana, no morro São José Operário, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com o relato da jovem à polícia, ela teria sido estuprada por 33 homens.

"Anonymous é uma ideia de liberdade, Anonymous é um coletivo que luta por liberdade. Qualquer pessoa que se coloque contra nosso ideal é considerada nosso inimigo", diz a nota. "Estamos totalmente dedicados na identificação e localização dos envolvidos no recente caso de estupro coletivo que tem chamado a atenção da mídia."

"Qualquer um que apoie, divulgue, seja conivente, assista, compartilhe, ou simplesmente que não aceite o fato de que o único culpado pelo estupro é o próprio estuprador, será visto por Anonymous também como inimigo. Nós estamos caçando cada um de vocês, iremos identificá-los, iremos expô-los, e iremos nos vingar", disse o grupo, no comunicado.

O caso do estupro coletivo ganhou repercussão nas redes sociais e está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A jovem denuncia que foi dopada e estuprada por mais de 30 homens armados com fuzis e pistolas.

Imagens do crime foram gravadas e compartilhadas na internet. A Polícia Civil já identificou quatro suspeitos do crime: dois são suspeitos de terem divulgado as imagens nas redes sociais; um seria namorado da jovem; e o quarto aparece no vídeo ao lado da garota.

Manifestações em apoio à adolescente e em repúdio à violência contra mulheres estão sendo marcadas para dar mais visibilidade ao tema. Um ato em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro foi agendado para as 18h de hoje. Na próxima quarta-feira (1), às 16h, manifestantes devem ir às ruas no Rio, em Belo Horizonte e em São Paulo.

Cantor da dupla Henrique e Juliano é atingido por pedrada em show

A dupla sertaneja Henrique e Juliano interrompeu o show por alguns minutos nesta quinta-feira (26), em Itapeva, interior de São Paulo, depois do cantor Henrique ter sido atingido por uma pedra durante a apresentação no recinto de uma festa agropecuária promovida na cidade. Um vídeo divulgado por Juliano na sua conta pessoal do Instagram mostra o momento que a pedra é jogada no irmão.

A pedra atingiu a cabeça do cantor, que saiu do palco acompanhado por Juliano. Em seguida, os dois retornaram ao palco e terminaram o show. Contudo, eles não atenderam aos fãs no camarim. A assessoria de imprensa da dupla informou que Henrique foi medicado, passa bem e que os cantores vão manter a agenda de shows para o fim de semana.

Segundo um vídeo divulgado nas redes sociais, o show foi interrompido por mais de um minuto, quando o sertanejo Juliano afirmou que teriam jogado "alguma coisa" no seu irmão. "Eu vim aqui para trabalhar. Eu queria saber quem foi o c* que jogou essa pedra em mim. Joga ela em mim agora que eu estou de olho aberto para ver você, seu b*", disse Henrique ao voltar para o palco e continuar a cantar o hit "Sosseguei".

Boletim de ocorrência
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na delegacia de Itapeva como lesão corporal. "A agressão foi registrada e iremos investigar quem arremessou a pedra contra o cantor. Vamos analisar as imagens postadas na internet e os vídeos da assessoria de imprensa para chegar no autor", afirma o delegado José Carlos Bertolucci.

Repercussão na internet
O cantor Juliano postou o vídeo em sua página oficial no Instagram que mostra o momento em que seu irmão é atingido pela pedra e escreveu que a atitude foi "desumana".

"Infelizmente é com essa cena que vou dormir hoje. Uma atitude desumana, covarde e sem motivo algum. Quero agradecer a todos os fãs e admiradores que foram curtir o nosso show. Infelizmente depois dessa pedrada na cabeça, o meu irmão não pôde ficar no camarim para atender vocês, saiu machucado e com o psicológico abalado. Quanto à pessoa que jogou a pedra, eu realmente não preciso falar nada. Só acho que tudo de ruim que se faz aqui, se paga aqui. Boa noite a todos vocês", escreveu.

'Renan, o senhor dos anéis, deve cair', reage Delcídio


O senador cassado Delcídio do Amaral

O senador cassado Delcídio Amaral (ex-PT/MS) defendeu nesta quinta-feira (26) a saída do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB/AL). "O Renan, como o Eduardo Cunha (presidente afastado da Câmara), deve sair urgentemente. Ele deve cair. Renan é o senhor dos anéis, faz o que quer, manipula tudo, usurpa", disse

Delcídio partiu para o ataque e pediu a cabeça do presidente do Congresso depois da divulgação do áudio em que Renan conversa com 'Vandenbergue' sobre o processo de cassação do ex-petista.

Os investigadores suspeitam que o interlocutor de Renan é Vandenbergue Sobreira Machado, que é da diretoria de Assessoria Legislativa da CBF, foi chefe de gabinete do ex-ministro Marco Maciel (Educação/Governo Sarney) e é muito ligado ao PMDB e ao senador.

No diálogo, Renan diz a Vandenbergue que Delcídio "tem que fazer… Fazer uma carta, submeter a várias pessoas, fazer uma coisa humilde… Que já pagou um preço pelo que fez, foi preso tantos dias… Família pagou… A mulher pagou…"

Vandenbergue respondeu. "Ele (Delcídio) só vai entregar à comissão (Conselho de Ética), fazer essa carta e vai embora".

O teor da conversa entre Renan e Vandenbergue Machado, divulgada com exclusividade pela repórter Camila Bonfim, da TV Globo, nesta quinta-feira, deixou Delcídio indignado. E com a certeza de que sua cassação foi "manipulada" pessoalmente por Renan. "Ele (Renan) tinha medo da minha delação, ele tinha comprometimento com o Palácio do Planalto."

Delcídio fechou acordo de colaboração com a Procuradoria-Geral da República em fevereiro. Dias depois, foi colocado em liberdade - ele havia sido preso em 25 de novembro de 2015 por suspeita de tramar contra a Operação Lava Jato.

"Esse Vandenbergue é um cara que eu conheço há muito tempo", afirma Delcídio. "Ele é diretor da CBF, mas se criou sempre no PMDB. Começou como chefe de gabinete do Marco Maciel no Ministério da Educação (Governo Sarney) e depois fez carreira no PMDB, especificamente com o Renan", afirmou.

Delcídio relata que "tinha boas relações" com Vandenbergue. "Mas achei estranho que ele ia ao meu gabinete aparentemente para prestar solidariedade, para me visitar e o caramba, mas agora percebo que ele ia a mando do Renan para sondar, para saber se eu ia mesmo fazer delação premiada. A conversa gravada entre eles mostra que estavam mal informados. Pelo que vi, a conversa foi no dia 24 de março. Eu já havia fechado o acordo antes de ser solto em fevereiro. Vandenbergue sempre frequentava o meu gabinete, sempre uma relação boa, amistosa, mas o interesse dele era efetivamente me monitorar. Não só a mim como a minha família. A mando do Renan."

"Fomos perceber mais na frente um pouco que não era solidariedade do Vandenbergue, ele estava sendo mandado pelo Renan para me monitorar. Como eu tinha uma boa relação com o Vandenbergue me foi oferecido para minha defesa o filho dele, que é advogado. Ele se apresentou para advogar de graça para mim. Mas ele não é meu advogado."

Na avaliação de Delcídio, o diálogo entre Renan e Vandenbergue revela a preocupação do presidente do Congresso em tirar seu mandato, o que de fato ocorreu no dia 10 maio por um placar devastador - 74 senadores votaram pela saída de Delcídio, nenhum colega a seu favor.

"Dentro dessas condições, como um Eduardo Cunha, ou seja, tendo todas as rédeas do processo para julgar alguém e usado os poderes que tem, ele (Renan) manipulou minha cassação", protesta Delcídio. "O diálogo (com Vandenbergue) só confirma que Renan, o senhor dos anéis, deve ser afastado imediatamente. Não tem mais condições de comandar o Senado", disse.

Na avaliação do ex-senador, o áudio de Renan e Vandenbergue "caracteriza uma ação forte dele (Renan) de manipulação, igual à que o Eduardo Cunha promoveu no processo da Dilma (Rousseff). Ficou muito claro que Renan controla a situação. O cara está usurpando de um espaço que ele tem dentro do Senado, usando a presidência para fazer o que quer."

Delcídio analisou um outro áudio, em que Renan chama de "mau-caráter" o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. "Isso é muito grave, mostra mais uma vez como ele, Renan, é o senhor dos anéis. Ele manipula tudo. Fui cassado por livre arbítrio do senhor dos anéis. Queimou etapas do processo. Eu nunca vi, em treze anos de Senado, uma reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no próprio Plenário."

Para o ex-petista, Renan "tem medo, claro" de sua delação à Procuradoria-Geral da República. "Ele tinha compromissos com o Planalto, com senadores que se sentiam atingidos pela minha colaboração. Pensaram em me tirar o mais rápido possível e não deixar eu ir para o plenário. Não queriam que eu votasse o afastamento da Dilma. Essa fala dele no áudio demonstra nitidamente que ele tinha condições de manipular tudo. Esse áudio vai ser usado na minha defesa."

"Se eu conheço um pouco o Sérgio Machado o que ele deve ter falado nos depoimentos da delação dele à Procuradoria é brincadeira. Dez anos de Transpetro é muita coisa. Na minha colaboração eu falei especificamente do Sérgio Machado na Transpetro e da proximidade dele com o Renan. Ele despachava com o Sérgio na residência oficial da Presidência do Senado. É muito grave esse cenário. É o caos", finalizou.

“O pior dos cenários para educação e para a saúde é a situação atual”, afirma Mendonça Filho

Em entrevista à Rádio Jornal, o atual ministro da Educação, o pernambucano Mendonça Filho (DEM), defendeu uma das polêmicas sobre o pacote econômico do presidente interino Michel Temer (PMDB): a estabelecer um teto para despesas públicas, que, se a medida for aprovada, só poderão crescer com base na inflação. "Movimentos sociais vinculados ao PT, as viúvas do PT, ficam propagando notícias inverídicas com relação a esse assunto. O teto é geral e pode, dentro do teto geral, crescer a educação", explicou o ministro.

Mendonça Filho avaliou que o momento de recessão é prejudicial aos investimentos na área. "O pior dos cenários para educação e para a saúde é a situação atual", atacou. O pernambucano defendeu que é necessário reequilibrar o orçamento e retomar o investimento a partir do crescimento econômico do País. "Se o Brasil não voltar a crescer, não adianta."

O ministro afirmou que a sua gestão terá como base a racionalização dos recursos. Citando o custo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o pagamento de taxas bancárias, de R$ 1,3 bilhão, segundo ele, criticou o modelo de gestão do governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), que tinha o também petista Aloizio Mercadante na pasta. "O custo para banco é absurso. Vou converter isso em mais bolsa para os alunos", prometeu.

Mendonça Filho justificou também que desfez o contrato com a Cebraspe, que prestava serviços na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por causa dos custos. De acordo com Mendonça Filho, era de R$ 8 milhões apenas por alguns serviços realizados em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e passou para R$ 2,9 bilhões para terceirar quase todo o serviço. "Mandei suspender. Não assino e não assinarei porque acho um absurdo. Fosse eu é porque estaria privatizando o Inep, mas como era o PT."

Mendonça Filho defendeu o foco do ministério em ações para a primeira infância, através de estímulos para os municípios investirem em creches e na pré-escola. Uma bandeira do ministro é a alfabetização das crianças aos 6 anos de idade. "Educação infantil é fundamental", afirmou.

Questionado sobre o investimento para as universidades públicas, afirmou que elas o prestígio necessário "dentro das limitações orçamentárias". Além disso, voltou a apontar que, através do Fies, houve um grande crescimento de instituições privadas no governo Dilma. "A maior explosão foi em 2014 coincidentemente, entre aspas, porque foi o ano da eleição", disparou. "As unidades privadas terão uma regulação séria, transparente", prometeu ainda.

Veículos brasileiros terão placa do Mercosul em 2017, define Contran


Arte mostra como será a placa do Mercosul que carros usarão no Brasil a partir de 2017

Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada nesta sexta-feira (27), no Diário Oficial da União, determina que até o fim de 2020 todos os veículos em circulação no Brasil deverão ter placas de identificação no padrão do Mercosul.

O anúncio se dá após alguns adiamentos da decisão, que se arrastou por alguns meses, já que a mudança estava prevista para acontecer em janeiro.

Como é a nova placa?

A nova placa tem fundo branco com a margem superior azul, contendo ao lado esquerdo o logotipo do Mercosul, ao lado direito a bandeira do Brasil e, ao centro, o nome do país. O desenho é muito parecido com a placa que se vê na União Europeia. As três letras e quatro números invertem de proporção: serão quatro letras e três números, em qualquer ordem -- desde que o último caractere seja numérico. Segundo cálculos matemáticos, o modelo atual tem 175 milhões de combinações possíveis; no novo, serão mais de 450 milhões.

Apesar de manter os sete caracteres alfanuméricos, como as chapas de hoje, fornecidos pelo Denatran, as novas precisarão ter a inscrição das palavras "Mercosur Brasil Mercosul". Será o fim da possibilidade de personalização.
Divulgação
Placas para automóveis, caminhões, ônibus e reboques (à esquerda) e motos: emblema do Mercosul, nome e bandeira do país, bandeira do Estado e brasão da cidade, faixa holográfica, código 2D e marcas de segurança diferenciam novos modelos

Quando muda?

Resolução 590 do Contran também estabelece um cronograma de transição das placas atuais para as novas: a partir de 1º de janeiro de 2017, as mudanças começam a acontecer em veículos zero km a serem licenciados, em processo de transferência de município ou de propriedade (venda particular) ou se houver necessidade de substituição; todos os veículos em circulação deverão possuir as novas placas até 31 de dezembro de 2020.

Turmalina: delação premiada revela como esquema funcionava na PB

O empresário Ranieri Addário, sócio da empresa Parazul Mineração Comércio e Exportação Ltda -ME, revelou, durante delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF), como funcionava o esquema que desviou milhões de reais com a extração ilegal e comercialização da turmalina paraíba, uma das pedras preciosas mais valiosas do mundo.

De acordo com o empresário,  no final de 2013 e durante 2014 houve produção de grande quantidade de turmalina paraíba na mina da empresa Parazul Mineração, que segundo ele, tem como sócio oculto o afegão Zaheer Azizi, ainda foragido.
Em depoimento, Ranieri disse que a mina da Parazul era guarnecida por seguranças armados, em regra policiais militares do Rio Grande do Norte. As declarações já foram homologadas pela 14ª Vara da Justiça Federal.

Réu em ação penal, Ranieri confirmou que os sócios e investidores da mina tinham pleno conhecimento de que a Parazul Mineração não possuía autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) ou do Ministério de Minas e Energia para lavrar. Também sabiam que a empresa não possuía licença do órgão ambiental para efetuar a exploração do minério.

Ranierri Addário confirmou que Sebastião Lourenço Ferreira é sócio de fato da empresa Parazul e também lavrou turmalina paraíba na mina titularizada pela empresa. Addário deu detalhes do processo de venda de cotas da empresa: Sebastião Ferreira detém 20% das cotas da Parazul, dos quais 10% foram adquiridos da parcela pertencente ao sócio de Raniere Addário, Ubiratan Batista de Almeida, por U$S 250 mil e os outros 10% foram adquiridos ao próprio Ranieri, por R$ 1 milhão mais o direito de resultado da mina pelo prazo de seis meses de exploração.

Ranieri Addário também informou que possui uma conta em Hong Kong e que usou essa conta para negociar, em setembro de 2014, toda a venda da produção de turmalina paraíba para o investidor José Miranda Costa. Addário fechou um contrato de empréstimo com Miranda para obter um milhão e quinhentos mil dólares americanos. Na delação, Ranieri informou que Ubiratan Batista de Almeida, outro sócio da Parazul, também fez contrato idêntico com Costa, que passou a administrar a mina e teria exclusividade para a compra de toda a produção.

Addário reconheceu que não declarou à Receita Federal os valores recebidos pela exploração da turmalina paraíba e acredita que a Parazul não declarou à Receita os lucros da exploração da pedra preciosa. Ele acrescentou que também houve exploração esporádica de tantalita (mineral composto de ouro, nióbio e tântalo) e caulim, na área da Parazul, sem autorização de lavra ou licença ambiental.
Ranieri ainda contou sobre conversa que manteve com o sócio Ubiratan em que este lhe disse que teria que pagar propina a servidores públicos do DNPM, em Brasília, a fim de regularizar a área da empresa Parazul.

Um ano da deflagração – Nas primeiras horas da manhã da quarta-feira, 27 de maio de 2015, após intensa investigação iniciada pelo MPF, em 2009, foi deflagrada a etapa ostensiva da Operação Sete Chaves, em que 130 policiais federais, acompanhados de fiscais do DNPM e da Receita Federal, cumpriram mandados de prisão, busca e apreensão, além de medidas de sequestro de bens móveis e imóveis, obtidos pelo Ministério Público Federal. Os mandados foram cumpridos simultaneamente nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo.

A operação desarticulou organização criminosa que agia na extração ilegal e comercialização da turmalina paraíba, uma das pedras preciosas mais valiosas do mundo. A turmalina era retirada ilegalmente do distrito de São José da Batalha, no cariri paraibano, e enviada à cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte, onde era "esquentada" com certificados de licença de exploração. De lá, as pedras seguiam para Governador Valadares, em Minas Gerais, onde eram lapidadas e enviadas para comercialização em mercados do exterior, como Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China, Houston e Las Vegas nos Estados Unidos.

Quinze dias após a deflagração da Operação Sete Chaves, o MPF denunciou sete envolvidos denunciados pelos crimes de usurpação de matéria-prima pertencente à União, exploração de minério sem licença ambiental e por organização criminosa com emprego de arma de fogo e tentáculos internacionais (Processo n.º 0000247-03.2015.4.05.8205).
O Ministério Público Federal também requereu a fixação em R$ 60 milhões o valor mínimo para reparação dos danos causados com a exploração ilegal executada pela organização criminosa.

Acordo de colaboração – No acordo de delação premiada homologado, o MPF propôs ao réu colaborador a aplicação de penas no patamar mínimo em relação aos crimes cometidos, perfazendo uma pena privativa de liberdade total de 7 anos e 6 meses. Ranieri Addário também ficará isento da aplicação da pena de multa e o Ministério Público Federal vai se abster de cobrar quaisquer valores com o intuito de ressarcimento.
Conforme o acordo de colaboração, a prova obtida será utilizada validamente em ações penais, inquéritos policiais, procedimentos administrativos criminais, podendo ser emprestada também ao Ministério Público dos Estados, ao Banco Central do Brasil, ao Departamento Nacional de Produção Mineral e outros órgãos, inclusive de países e entidades estrangeiras.

MaisPB

Novo comando da Caixa Econômica estuda fechamento de agências deficitárias


Uma centena de agências estão deficitárias, ou seja, fecham no vermelho (Foto: Walla Santos)

O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, encontrará um diagnóstico que mostra como o banco estatal precisa melhorar a eficiência operacional. Uma centena de agências estão deficitárias, ou seja, fecham no vermelho, mas, mesmo assim, a vice-presidência que cuida da rede do banco recomendou o fechamento de apenas 15 delas que estão totalmente inoperantes.

A Caixa foi usada nos últimos anos pelo governo do PT como locomotiva do crédito no País, estratégia para impulsionar a atividade econômica. Dessa forma, a instituição conseguiu aumentar sua participação no mercado, mas essa expansão do crédito também provocou efeitos colaterais, como o aumento do nível de calotes do banco.

O alto número de agências deficitárias também é consequência dessa política. Desde 2010, a Caixa abriu 1.329 agências. A análise da direção do banco é que não se faz mais necessária toda essa estrutura, ainda mais com a mudança dos hábitos dos clientes, que cada vez mais optam pelos serviços pelo computador ou pelo smartphone.

No primeiro trimestre deste ano, a quantidade de usuários cadastrados para acesso via smartphones aumentou quase 63% em relação ao primeiro trimestre de 2016 e a de usuários via internet banking cresceu 20% na mesma comparação. Mesmo assim, a quantidade de transações online ainda representa menos de um quarto do total de transações realizadas no período. Um dos desafios do novo presidente será ampliar a presença do banco no meio digital.

Um empecilho para o fechamento das agências é que são usadas para o pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família, mas a avaliação é de que esse serviço poderia ficar restrito às casas lotéricas. O banco tem atualmente 4,2 mil agências e pontos de atendimento e 26,5 mil correspondentes Caixa Aqui e Lotéricos.

O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que Gilberto Occhi já está avaliando esse estudo e tem intenção de colocá-lo em prática, mas quer avaliar o potencial de rentabilidade de cada agência e onde estão localizadas.

Redução de pessoal

O banco também deve manter a política de redução de custos com pessoal, com planos de demissão e de incentivo à aposentadoria. A Caixa cortou o número de funcionários de 100,3 mil para 97 mil em 12 meses.

No período, a despesa com pessoal cresceu 1,6%, bem abaixo da inflação, totalizando R$ 5 bilhões. A instituição está buscando ações para reduzir gastos e aumentar a produtividade.

Ao assumir a Caixa, Occhi também receberá o desenho de um caminho para a abertura de capital do banco estatal ainda no governo do presidente em exercício Michel Temer. Para que uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) seja possível daqui a dois anos, o banco estatal teria de privatizar antes três áreas: seguros, loterias e cartões.

Estupro coletivo: polícia pede prisão de 4 homens

A Polícia Civil pediu à Justiça a prisão de quatro homens suspeitos de envolvimento no estupro coletivo cometido contra uma adolescente de 16 anos em uma comunidade da Zona Oeste do Rio. O caso ganhou repercussão após fotos e vídeos da vítima violentada serem publicados na internet pelos agressores, que ironizaram o crime.

Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, e Michel Brazil da Silva, de 20 anos, são suspeitos de divulgar as imagens da vítima na internet, segundo a polícia. Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, tinha um relacionamento com a adolescente e teria participação direta no crime.

O quarto suspeito é Raphael Assis Duarte Belo, de 41 anos, que aparece nas imagens ao lado da garota. Raphael trabalhou como apoio a operador de câmera nos estúdios Globo, de onde foi desligado em agosto. A polícia não soube informar qual é a atual profissão dele.

A adolescente de 16 anos foi estuprada no sábado (21), em uma comunidade da Zona Oeste. Em depoimento à polícia, ela disse ter ido à casa de Lucas Perdomo, com quem ela se relacionava há três anos, e de se lembrar de estar a sós na casa dele. Depois, se lembra apenas de acordar no domingo, em outra casa na mesma comunidade, dopada, nua e com 33 homens armados com fuzis e pistolas.

A garota retornou para sua casa na terça-feira (24). "Ela chegou descalça, descabelada, com aspecto de que tinha se drogado muito e com uma roupa masculina toda rasgada. Provavelmente eles deixaram ela nua e ela vestiu aquilo pra vir em casa", contou uma parente da menina. A família teria questionado a menina o que havia acontecido, mas ela não disse nada.

'Eles iriam matá-la'
Ainda na terça-feira, a menina voltou à comunidade para tentar reaver seu celular, que foi roubado, segundo esse familiar. Um agente comunitário foi quem a acolheu, ao perceber como ela estava, e a levou novamente à família.

"Esse agente comunitário, que veio trazê-la [para casa], acho que ele foi uma pessoa que salvou a vida dela, porque eles iriam matá-la. Porque é isso que eles fazem, né. Não é normalmente a história que a gente conhece? Eles estupram e matam", disse uma parente da adolescente.

A família só soube do estupro na quarta-feira (25), quando fotos e vídeos exibindo a adolescente nua, desacordada e ferida, foi compartilhado na internet.

"Eu, a mãe, a gente chora quando vê o vídeo. O pai dela não aguenta falar, que chora muito. Nosso sentimento é de tristeza, de indignação, estamos estarrecidos de ver até que ponto chega a maldade humana. A família está sem palavras, consternada", desabafou a familiar.

Repercussão
Nas redes sociais, pessoas de todo o Brasil pedem rigor nas investigações e na punição. "Não foram 30 contra uma, foram 30 contra todos. Exigimos Justiça", destaca uma publicação.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) classificou o crime como uma barbárie. "Além do estupro, a divulgação dessas imagens torna a vida dessa pessoa eternamente humilhante. Então, é muito importante que as pessoas percebam que receber as imagens, assistir as imagens, também é crime", destacou Daniela Gusmão, da Comissão OAB-Mulher.

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nota em que se solidarizou com a vítima do estupro coletivo. A nota relembra outro episódio ocorrido no Brasil, quando uma jovem do Piauí foi abusada por cinco homens, na semana passada. A ONU pede Justiça para os dois casos.

G1

Juiz Sérgio Moro participa de evento sobre corrupção em JP

Tem início nesta sexta-feira (27), às 8h45, a Conferência Internacional "Investimento, Corrupção e o papel do Estado – Um Diálogo Suíço-Brasileiro", no Centro Cultural Ariano Suassuna, sede do Tribunal de Contas da Paraíba, em João Pessoa. O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da operação Lava Jato, profere a palestra "Cooperação jurídica internacional e corrupção transnacional", no sábado (28).
Na abertura da Conferência Internacional a saudação será feita pelo presidente e vice-presidente do TCE-PB, conselheiros Arthur Cunha Lima e André Carlo, respectivamente. Em seguida, falarão Andreas Ziegler, em nome da ILA Suíça e da Universidade de Lausanne; e o coodenador geral do evento, procurador do Ministério Público de Contas, Marcílio Franca, pela ILA Brasil e pela UFPB.

A conferência magna de abertura será feita pelo procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público de Contas do TCU (Tribunal de Contas da União). Nesta sexta, também haverá a palestra do embaixador da Suíça no Brasil, André Regli, que abordará 'As condições-quadro para investimentos à luz das relações bilaterais Brasil-Suíça'.

MaisPB com TCE-PB

Motociclista morre após cair de ribanceira de 200 metros de altura no interior da PB


Motociclista morreu ao cair em abismo na Paraíba

Um homem foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (27) em uma ribanceira no município de Cuité (Agreste paraibano, a 235 km de João Pessoa). O corpo foi achado em área próxima a um campo de aviação por volta das 6h30, mas a polícia só foi acionada às 8h.

"Ele foi encontrado em uma ribanceira e não conseguimos chegar até o local, pois não temos equipamento de descida. Estamos aguardando profissionais do Instituto de Perícias Científicas", disse um escrivão da delegacia de Cuité, que preferiu não ser identificado na reportagem.

Moradores da região afirmam, pelas redes sociais, que a ribanceira onde o jovem morreu tem cerca de 200 metros, mas a Polícia Civil disse que não poderia precisar a altura do abismo. A vítima pilotava uma motocicleta quando caiu na ribanceira.

Até a publicação desta matéria, a polícia aguardava depoimentos de familiares e amigos da vítima para entender melhor como ocorreu o acidente.

Portal Correio

Homem é morto a tiros e mulher é baleada em bar, no Sertão; dupla é suspeita


Imagem ilustrativa

Um homem foi morto a tiros e uma mulher foi baleada em um bar na cidade de Nova Olinda, no Sertão da Paraíba, a 433 km de João Pessoa, na noite desta quinta-feira (26). Segundo a Polícia Militar, uma dupla que trafegava em uma motocicleta era suspeita pelo atentado.

De acordo com a PM do município vizinho de Itaporanga, que fica responsável pelas ocorrências da região, o homem assassinado seria o alvo principal dos bandidos e a mulher, que foi atingida em uma das pernas, teria sido ferida por uma 'bala perdida'. Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência para o hospital de Piancó, também na mesma região.

"Eles chegaram de moto, efetuaram os tiros e fugiram em seguida sem ser identificados", disse um dos policiais que atuaram na ocorrência.

Até as 22h30 desta quinta-feira, a polícia seguia fazendo buscas, mas ninguém havia sido detido. As motivações para o crime eram desconhecidas.

Portal Correio

Grávida de 8 meses sofre aborto e diz que foi espancada pelo marido, em João Pessoa


Maternidade Cândida Vargas

Uma jovem de 24 anos sofreu um aborto nessa quinta-feira (26), no bairro de Mangabeira 3, em João Pessoa, após ter sido espancada e o principal suspeito do crime é o companheiro dela. A mulher estava grávida de 8 meses de uma menina.

De acordo com a delegada plantonista da Delegacia da Mulher de João Pessoa, Nadja Fialho, a vítima ligou para o Centro Integrado de Operações da Polícia Militar (Ciop) informando que tinha sofrido um aborto depois de ter sido espancada pelo marido na noite anterior.

"O Ciop comunicou à Delegacia de Homicídios, mas não é de competência deles e por se tratar de um suposto caso de violência doméstica, a Delegacia de Mulher foi acionada. O relato da jovem através de registro feito ao Ciop foi de que ela foi espancada na noite da quarta (25) e, em consequência das agressões, sofreu o aborto cerca de 24 horas depois", falou a delegada.

Segundo Fialho, a Polícia Civil e uma equipe de peritos foram à residência e encontraram o feto caído dentro do banheiro. "Era uma criança linda. Toda perfeita. A mãe já tinha sido socorrida pelo Corpo de Bombeiros para a Maternidade Cândida Vargas. No local, apesar da multidão, ninguém quis falar sobre o assunto", comentou.

A delegada explicou ainda que por não ter condição de prestar depoimento por orientação médica, a jovem deverá ser interrogada nos próximos dias.  

A diretora multiprofissional da Cândida Vargas, Liziê Pires, disse que a jovem passou por um procedimento de pós-parto e segue internada sem previsão de alta médica. O estado de saúde da mulher é regular.

O corpo da criança foi levado para perícia na Gerência Executiva de Medicina e Odontologia Legal (Gemol), no bairro do Cristo Redentor, na Capital.

 Portal Correio
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