sexta-feira, 15 de abril de 2016

Pai é preso suspeito de estuprar a própria filha, na Grande JP; crime ocorria há seis anos


Central de Polícia em João Pessoa

Um homem foi preso, nesta sexta-feira (15), suspeito de estuprar, a pelo menos seis anos, a própria filha. O caso foi descoberto após a adolescente, que tem 14 anos de idade, confessar a funcionários da escola onde estuda que vinha sendo abusada pelo pai e não suportava mais as agressões. O caso aconteceu no município de Bayeux, na Grande João Pessoa.

Segundo a delegada Graça Morais, a menor de idade estava chorando na escola quando foi abordada por uma amiga, que perguntou o que estava acontecendo.

"Essa amiga insistiu, mas a adolescente não quis contar. Então, as duas buscaram a direção da escola, que conversou com a vítima e ela acabou contando sobre os abusos. O crime acontece desde que a menina tinha oito anos. Os estupros eram praticados na própria casa, quando o pai aproveitava o momento em que a esposa dormia", afirmou a delegada.

Ainda segundo a delegada, o pai foi preso e negou as abusar da filha, mas exames comprovaram os estupros. Agora, a polícia vai investigar se a irmã da vítima, uma menor de 13 anos de idade e que toma remédios controlados, também estava sofrendo abusos.

"Nós interrogamos o pai e ele nega. A mãe da menina não acreditou na própria filha e, por isso, aconselhei a menor a morar provisoriamente com a madrinha. Vamos agora investigar se a outra filha do casal sofreu abusos do pai", concluiu a delegada.
Preso, o homem foi encaminhado para a Central de Polícia Civil em João Pessoa, onde está a disposição da Justiça.

Portal Correio


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VÍDEO: Empresária faz greve de fome na porta de Prefeitura na Paraíba

A advogada e empresária Brenda Martins, iniciou na manhã desta sexta-feira (15), uma greve de fome por tempo indeterminado na porta de entrada da Prefeitura de Nova Floresta para receber R$ 35 mil de obras que sua empresa está executando na cidade.

Em vídeo, a empresária disse que tem sido "enrolada" pelo prefeito João Elias por oito anos com "esmolas".

A Polícia Militar foi até o local na tentativa de dissuadir a empresária a sair da porta da Prefeitura, no entanto, Brenda Martins informou que ficaria algemada até receber os recursos.

A Prefeitura alega que só poderá liberar todo o recurso após a conclusão das obras que ainda está em andamento em uma escola da cidade.

Confira vídeo

MaisPB com NoticiandoPB

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Homem faz barraco em mata para fugir do aluguel em JP e é preso por crime ambiental

Um homem de 32 anos foi preso suspeito de crime ambiental ao ser flagrado pela polícia cortando árvores no Parque Estadual das Trilhas e dos Cinco Rios, que tem vegetação da Mata Atlântica, para usar a madeira na produção de cercas e de um barraco onde morava, em João Pessoa. A informação foi divulgada nesta sexta (15).

Além de cercas, o suspeito teria usado a madeira também para produção de utensílios. Na Delegacia de Meio Ambiente, o homem teria dito que morava no barraco porque seria mais vantajoso do que pagar aluguel na cidade, confessando a prática.

Além da prisão, foi imposta ainda uma multa de R$ 200 pela prática de dano à unidade de conservação, considerando o desmate e a ocupação irregular da área.

Segundo a polícia, o homem deverá responder por dano direito ou indireto à unidade de conservação, com pena de reclusão, de um a cinco anos (em abstrato). Por ser crime inafiançável, ele foi encaminhado para a Carceragem da Central de Polícia.

Portal Correio


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CPNET rompe fronteiras e começa a atuar em São Sebastião do Umbuzeiro, PB

A CPNET, o provedor de Internet que mais cresce em toda a região, está definitivamente rompendo fronteiras em todo o Cariri e interior de Pernambuco

Nesta semana, foram concluídos os serviços de implantação de cabeamento de rede que vão proporcionar o melhor sinal de internet da região a mais duas cidades: Zabelê e São Sebastião do Umbuzeiro.

As duas cidades terão toda a qualidade do serviço já oferecido pela CPNET nas cidades de Monteiro e Sertânia a partir desta semana, atendendo uma solicitação dos próprios usuários e um desejo antigo da direção a empresa

No próximo final de semana, será realizada uma carreata comemorativa saindo de Monteiro e passando pelas duas cidades de forma simbólica para marcar a implantação dos serviços.

A CPNET fornece internet de 2 a 10 megas com a garantia de realmente chegar em sua residencia todos os megas que você está pagando, não perca tempo, ligue agora mesmo e comece a usufruir de uma internet rápia, nunca vista em nossa cidade.  

Desta forma fica comprovado definitivamente que a CPNET é a empresa que mais cresce em toda a região


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Destacamento da PM é alvejado no Sertão

O Destacamento de Polícia Militar da cidade de Santana de Mangueira (PB), foi alvejado a balas, na madrugada desta sexta-feira (15). O crime teria sido praticado por dois elementos de moto.

No momento dos tiros, os dois Policiais, que estavam de serviço, já haviam se recolhido para o descanso e preferiram não falar sobre o caso. "Estamos em ocorrência", disse o Soldado Bastos que estava acompanhado do Sargento Ronaldo.

"No momento dos disparos, um vizinho revelou que assustado olhou pela porta e viu dois homens em uma motocicleta, que atiraram contra o Destacamento e em seguida fugiram aturando para o alto", revelou o anônimo.

MaisPB com Diamante Online

Ken humano brasileiro contrai bactéria comedora de carne após cirurgia

Rodrigo Alves, o Ken humano brasileiro, está internado em um hospital na Espanha após contrair uma bactéria durante uma cirurgia plástica no nariz.

Por meio de seu perfil no Instagram, o comissário de bordo falou sobre o drama pelo qual está passando. "É terrível e eu estou tentando voltar para Londres o mais rápido possível para obter ajuda", escreveu na legenda de uma foto.

De acordo com o jornal britânico "Mirror", o brasileiro contraiu uma bactéria comedora de carne e a cartilagem usada na plástica no nariz foi rejeitada. "Um buraco horrível apareceu no meu nariz, que foi comido pela infecção. Se ela não parasse, poderia ter devorado toda a face. Estou muito preocupado", escreveu.

Nesta quinta-feira (14), Rodrigo atualizou seu estado de saúde. "Eu só quero dizer que estou muito bem e está tudo sob controle agora .... Não se preocupem e a vida continua", tranquilizou os fãs.

Fonte: Com informações do iG

Dilma poderá 'refundar' governo com novos ministros ou propor novas eleições

O Palácio do Planalto avalia que a hipótese de barrar o impeachment no domingo (17) é difícil e a presidente Dilma Rousseff tem sido aconselhada a duas opções: refundar o governo, com todos os ministros apresentando sua carta de demissão, ou então propor a convocação de novas eleições para presidente e vice-presidente.

Segundo o Portal Notícias ao Minuto, o jornal Folha de S. Paulo destacou que as duas propostas são defendidas internamente no governo por ministros e assessores da petista diante da avaliação de que, mesmo ganhando, as condições de governabilidade da presidente Dilma Rousseff serão muito complicadas e frágeis.

A primeira opção faria com que todos os ministros apresentassem uma carta de demissão já na segunda-feira (18). A presidente estaria então disponível para remontar o governo na busca de reconquistar credibilidade tanto junto ao mercado, empresários, trabalhadores e Congresso Nacional.

Ministros já apresentaram a proposta à presidente Dilma. A publicação refere que a petista deve apoiar a iniciativa para fazer um processo de "refundação" do seu governo, com mudanças, se possível, até na área econômica. "A presidente precisa de um choque de credibilidade se ganhar", afirmou um interlocutor da petista.

No entanto, outra corrente dentro do governo analisa que o melhor caminho seria a presidente Dilma, dentro de sua proposta de pacto, convocar eleições presidenciais. Neste caso, teria de contar com a concordância do vice-presidente Michel Temer.

Segundo assessores, o peemedebista não deve aceitar a proposta, mas se a ideia for lançada, ele pode entrar na defensiva e ser pressionado a aceitá-la por movimentos sociais e empresariais.

A opinião unânime é de que, seja qual for a saída adotada pelo governo, a presidente terá de dar papel de protagonismo ao ex-presidente Lula e implementar mudanças na atual política econômica.

Fonte: Notícias ao minuto

Homem é encontrado morto dentro de prédio de prefeitura no Sertão

Na tarde desta quinta-feira (14), o Morador de Rua, Francisco de Oliveira, de 36 anos, conhecido com "Cego", foi encontrado sem vida dentro de um prédio da Prefeitura Municipal da Cidade de Itaporanga, no Vale do Piancó.

De acordo com informações, populares passavam pela rua quando avistaram um Corpo de uma Pessoa no chão. Diante da situação a Polícia Militar foi acionada e chegando ao local foi constatado que a Vítima se encontrava morto.

O corpo não apresentava nenhum tipo de hematomas, nem escoriações.

A Polícia isolou a área até a chegada do rabecão, para a remoção do Corpo até o NUMOL de Patos, para o exame cadavérico.

@folhadosertao

PM de Goiás investiga se Bolívia mandou ônibus para ato pró-Dilma

A Polícia Militar de Goiás interceptou em Goiânia três ônibus vindos da Bolívia. A inteligência da PM acredita que os ônibus estavam levando manifestantes a Brasília para prestar apoio à presidente Dilma Rousseff no domingo.

Os ônibus se perderam na cidade. Abordados pela polícia, os motoristas disseram que levavam participantes para um congresso imobiliário. Exibiram, inclusive, um documento em que a viagem, sem o objetivo, é comunicada à Agência Nacional de Transporte Terrestre.

O policial que abordou a caravana informou o comando da PM que passageiros informaram que outros ônibus estariam indo para a capital federal vindos de países como Venezuela e Paraguai para participar dos atos pró-Dilma.

A PM abriu investigação para averiguar o objetivo da viagem.

Veja

Dia começa com acidentes em bairros e rodovia na Capital


JP registrou 3 acidentes nas primeiras horas do dia

Três acidentes foram registrados nas primeiras horas desta sexta-feira (15) em João Pessoa. Os casos aconteceram nos bairros Castelo Branco, Costa e Silva e Altiplano. Há registro de apenas dois feridos.

Na BR-101, em trecho próximo ao bairro Costa e Silva, um homem perdeu o controle de uma caminhonete e capotou o veículo várias vezes, por volta das 6h. Ele estava acompanhado por mais quatro pessoas. Nenhuma delas ficou ferida. Em conversa com a TV Correio, um dos ocupantes do veículo falou que o acidente aconteceu por causa da pista molhada devido às chuvas que atingiram a área. O grupo viajava no sentido João Pessoa/Recife.

No bairro do Altiplano, um carro colidiu e derrubou um poste, na Avenida João Cirilo, em frente a uma casa de festas, por volta das 7h. Dois homens se feriram no acidente e foram socorridos por equipes do Samu para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. O estado de saúde deles não tinha sido divulgados até as 8h. No mesmo horário, a via continuava completamente interditada no sentido Altiplano/Penha, segundo a Semob. Ainda não haviam informações sobre desvios.

Logo no início do dia, por volta das 4h, um carro capotou na Via Expressa Padre Zé, em frente ao campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A polícia foi acionada, mas, ao chegar ao local, não encontrou vítimas. Até as 8h, os militares seguiam sem saber quem conduzia o carro e o que motivou o acidente. O veículo foi rebocado para o pátio do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran).

Portal Correio

Câmara começa a discutir nesta sexta se abre processo de impeachment

Os deputados federais começam a analisar no plenário da Câmara, na manhã desta sexta-feira (15), se abrem ou não o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Os parlamentares vão discutir e votar o relatório aprovado pela comissão especial do processo de afastamento da petista.

A votação que decidirá se o processo segue para o Senado está prevista para ocorrer na tarde de domingo (17). No sábado também haverá sessão.

Veja perguntas e respostas sobre o processo de impeachment na Câmara

O relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) recomenda a continuidade do processo de impeachment da presidente.

São necessários, no mínimo, 342 votos para que o relatório seja aprovado, e o processo siga para o Senado.

Veja o roteiro dos três dias de sessão do impeachment na Câmara:
header sexta (Foto: Arte/G1)

– O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abrirá a sessão no plenário principal da Casa às 8h55.

– Na sessão desta sexta, os primeiros a falar serão os autores do pedido de impeachment: os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior e a advogada Janaína Paschoal. Os três terão, no máximo, 25 minutos para se manifestar no plenário.

– Em seguida, serão concedidos 25 minutos para que a própria presidente da República ou algum de seus defensores se pronunciem sobre o processo. A tendência é que a defesa de Dilma seja feita pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Se não houver representante da defesa, a Câmara pode nomear um defensor.

– Terminadas as falas da acusação e da defesa, serão chamados os representantes dos partidos. Cada uma das 25 legendas com representação na Câmara terá 1 hora para se manifestar sobre o impeachment no plenário. Os líderes partidários poderão indicar até cinco deputados para falar dentro desse intervalo de 1 hora. A ordem dos partidos será da maior para a menor bancada. O PMDB tem atualmente a maior bancada da Câmara, com 66 deputados.

– A sessão se estenderá até que todos os partidos se manifestem. A previsão é que os discursos devem adentrar a madrugada de sábado (16).

 

header sábado (Foto: Arte/G1)

– A sessão está marcada para começar às 11h. Encerrados os discursos dos representantes dos partidos, começam as manifestações individuais de deputados que se inscreveram no dia anterior. Cada deputado terá três minutos para falar, e serão alternados discursos a favor e contra o impeachment.

– Nesta etapa, o regimento da Câmara permite que, após quatro falas, seja apresentado requerimento para encerrar a discussão – que deverá ser submetido à votação. Se não for apresentado requerimento, a discussão segue e a previsão é que os discursos terminem na madrugada de domingo (17).

 

header domingo (Foto: Arte/G1)

– A sessão que definirá a abertura ou não do processo de impeachment está marcada para começar às 14h.

– O relator do parecer, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), terá 25 minutos para falar.

– Em seguida, os líderes poderão falar entre 3 e 10 minutos, de acordo com o tamanho da bancada, além de mais um minuto para orientar suas bancadas para a votação.

– Por volta das 15h, deve começar a votação, que será nominal. Os deputados serão chamados um a um ao microfone para declarar seu voto de "sim" ou "não" pela aprovação do parecer do relator de impeachment. Os deputados também podem se abster. A previsão é que cada deputado leve 30 segundos, em média, para votar.

– A ordem da votação alternará deputados do Norte e do Sul, começando pelo Norte. Dentro de cada estado, a chamada terá ordem alfabética. Cunha poderá votar dentro da chamada dos deputados do Rio de Janeiro ou assim que todos os parlamentares da Casa tiverem se manifestado.

– Ao fim da chamada dos 513 deputados, será realizada uma segunda chamada para os que estavam ausentes na primeira possam se manifestar.

– Para aprovar o parecer da comissão especial são necessários, no mínimo, 342 votos a favor do impeachment – equivalente a 2/3 dos deputados. Em caso de aprovação, a Câmara autoriza a instauração do processo de afastamento de Dilma, que seguirá para o Senado, responsável por julgar a presidente.

STF rejeita pedido da AGU e mantém votação do impeachment no domingo


Ministro José Eduardo Cardozo no Supremo Tribunal Federal (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

O Supremo Tribunal Federal (STF) convocou sessão extraordinária nesta quinta-feira (14) para julgar cinco ações sobre a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados. Os pedidos tentavam suspender ou alterar a ordem da votação estabelecida pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas foram negados.

Com isso, a votação continua marcada para o domingo (17) e a forma e a ordem definidas por Cunha estão mantidas. Haverá alternância na votação entre bancadas estaduais, começando por uma da região Norte, seguida por outra do Sul e vice-versa. Votarão primeiro todos os deputados de Roraima e depois os do Rio Grande do Sul.

Em seguida será a vez dos parlamentares de Santa Catarina, Amapá, Pará, Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia, Goiás, Distrito Federal, Acre, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas.

Ações julgadas na sessão
O pedido para suspender a votação foi apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU), que questionava a análise das acusações contra a presidente pelacomissão especial da Câmara, que aprovou relatório favorável à abertura do processo na segunda (11). Já o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) queria, além da suspensão, a anulação do parecer da comissão especial que recomendou a abertura do processo.

Três ações tentavam alterar a forma e a ordem definidas pelo presidente da Câmara, mas o Supremo validou o rito da votação – ea votação por ordem alfabética foi descartada. Os pedidos foram feitos pelo PCdoB e pelos deputados Weverton Rocha (PDT-MA) e Rubens Junior (PCdoB-MA).

Após o julgamento, que durou mais de sete horas, o presidente da Corte, RicardoLewandowski, afirmou que atos imputados a Dilma no processo de impeachment em curso no Congresso poderão ser contestados no STF.

"Que fique essa fundamentação na ata, que acabo de explicitar, para que essa questão da tipificação possa eventualmente ser reexaminada no momento oportuno", afirmou Lewandoski. "Não fechamos a porta para uma eventual contestação no que diz respeito à tipificação dos atos imputados à senhora presidente no momento adequado."

A declaração abre margem para o governo questionar se a abertura de créditos incompatíveis com a meta fiscal e as chamadas "pedaladas fiscais" são crime de responsabilidade – argumentos que justificaram a abertura do processo e a aprovação do parecer contra a presidente.

Mandado de segurança da AGU
O mandado de segurança apresentado pelo governo apontou prejuízos na defesa da presidente durante os debates. O documento argumentava que o colegiado analisou fatos que vão além das acusações recebidas pelo presidente da Câmara ao aceitar o pedido de impeachment - relativos a suspeitas levantadas na Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, por exemplo.

Quando acolheu a denúncia, Cunha levou em conta somente dois aspectos: a abertura de créditos incompatíveis com a meta fiscal – em decretos assinados por Dilma em 2015 não aprovados pelo Congresso – e as chamadas "pedaladas fiscais" – atrasos no pagamento ao Banco do Brasil para o crédito rural, também no ano passado.

O mandado de segurança protocolado pela AGU também apontava que Dilma não foi notificada para se defender na audiência que ouviu a advogada Janaina Paschoal e o ex-ministro Miguel Reale Júnior, autores da denúncia.

A AGU afirmou também que o advogado-geral da União substituto, Fernando Albuquerque, foi impedido de se manifestar para defender a presidente da República durante a leitura do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

Voto do relator
Relator da ação, o ministro Edson Fachin negou, em seu voto, o pedido do governo. O magistrado argumentou que, na decisão que redefiniu o rito do impeachment, em dezembro, o STF considerou que a Câmara somente autoriza a abertura processo – e, portanto, não haveria necessidade de defesa em todas as fases da tramitação.

"As diligências não se destinam a provar a procedência ou improcedência da acusação, mas apenas esclarecer a denúncia [...] Não se está a promover acusação, mas mera discussão sobre possível juízo de autorização para instauração de processo de impeachment", afirmou.

"Essa fase na Câmara era pré-processual, analogia mais próxima é à de um inquérito, do que um processo já judicializado. Se é equiparado ao inquérito, é uma fase em que o contraditório é mitigado", explicou depois Luís Roberto Barroso.

Demais ministros
Acompanharam Fachin todos os ministros presentes na sessão: além de Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ricardo Lewanwski. Não participou do julgamento o ministro Dias Toffoli, em viagem oficial à Romênia.

Durante o julgamento, os ministros fixaram que a análise pelo plenário da Câmara deverá levar em conta somente as acusações acolhidas por Eduardo Cunha – os decretos de créditos suplementares e as "pedaladas fiscais".

Presidente da Corte, Lewandowski votou também para retirar do processo documentos relativos a delações premiadas, como o acordo firmado pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS).

Ordem da votação no domingo
Votaram para manter o critério estabelecido por Cunha (alternância entre estados do Norte e do Sul) Teori Zavascki, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Celso de Mello. A alternância também obteve a concordância de Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, mas numa ordem diferente entre os estados, considerando a latitude das capitais.

Os ministros Marco Aurélio Mello, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski votaram para aplicar outra forma, para que fossem alternados não os estados, mas os próprios deputados, de modo que votasse primeiro um parlamentar do Norte e depois outro do Sul – e assim sucessivamente.

Ao comentar a decisão do Supremo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que a Corte "endossou" a decisão tomada por ele sobre o processo de impeachment. Ele também afirmou, ao comentar as ações julgadas no STF, que há uma tentativa "esperniante" de judicializar o processo.

"Eu acho que há uma tentativa de judicialização generalizada que é mais um esperniante, juros esperniante de quem está, aparentemente, sem voto. [Estão] Tentando buscar, com isso, alterar, mudar o processo, ou até postergá-lo", afirmou Cunha.

"Efeito cascata"
As ações dos deputados Weverton Souza (PDT-MA) e Rubens Júnior (PCdoB-MA), contrários ao impeachment, alegavam que a ordem estabelecida por Cunha levava a um "efeito cascata", na medida em que os últimos a votar tendem a acompanhar os primeiros, afetando a neutralidade do processo.

A maioria dos ministros da Corte, porém, entendeu que a forma e a ordem estabelecidas por Cunha segue o Regimento da Câmara e não contraria a Constituição. Relator das ações, Barroso disse preferir uma forma mais "aleatória" na votação, mas entendeu não haver problemas na interpretação das regras realizada pela Câmara.

"Embora eu não ache que seja melhor, não considero que essa opção seja incompatível com o que diz o regimento. Considero que essa interpretação é compatível com o dispositivo. Acho, no entanto, que aqui se aplica a ideia de deferência. Onde o Legislativo tenha decidido de forma razoável, não cabe ao Judiciário impor resolução que ache melhor", disse o ministro.
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