segunda-feira, 30 de maio de 2016

INSEGURANÇA SEM LIMITES: Dupla assalta casa lotérica em Sumé em horário comercial

A onda de assaltos em Sumé e na região do Cariri continua sem limites. Depois da explosão ao Banco do Brasil na última sexta-feira (27/05), nesta segunda-feira (30) o alvo foi o Caixa Aqui da A&D Empreendimentos, localizado no bairro de Várzea Redonda, em frente à Igreja de São José.

De acordo com informações, 4 elementos chegaram em um celta preto e anunciaram o assalto, fugindo possivelmente pela estrada que dá acesso a São José dos Cordeiros. A polícia faz algumas perseguições na região em busca dos meliantes.

O clima de insegurança tomou conta das cidades caririzeiras. Em Serra Branca, no último sábado (28), comerciantes fecharam as portas à tarde com medo de possíveis arrastões. Em Sumé, empresários e a população preparam uma série de movimentações para cobrar das autoridades alguma solução.

De Olho no Cariri
Com Jacqueline Oliveira

Menor é detido na PB suspeito de perfurar a própria mãe com espeto durante discussão


Menor estava sob efeito de drogas ao agredir mãe

Um adolescente de 17 anos foi apreendido na tarde desta segunda-feira (30), na cidade de Alagoa Grande, no Brejo da Paraíba, a 103 km de João Pessoa, suspeito de perfurar a própria mãe com um espeto de madeira durante uma discussão ocorrida horas antes. A vítima teve ferimentos por todo o corpo, inclusive na cabeça.

A apreensão ocorreu em operação da Polícia Civil da cidade, sob a coordenação do delegado Danillo Orengo. Após informações transmitidas ao disque-denúncia (197) de uma possível vítima de arma branca, os policiais partiram em buscas e encontraram a vítima no Hospital Municipal de Alagoa Grande, onde era socorrida.

"Diante das informações no Hospital, constatamos que o agressor se tratava do filho da vítima. Devido às lesões e às ameaças constantes em desfavor da genitora, a equipe de policiais conseguiu apreender em flagrante o adolescente na sua residência", disse o delegado, acrescentando que o crime ocorreu em via pública e foi testemunhado por um irmão da vítima, que prestou depoimento à polícia.

Conforme explicou Orengo, o menor é usuário de drogas e estava sob efeito destas quando agrediu a mãe, que tentava aconselhá-lo para largar o vício. Após receber atendimento médico, a vítima passa bem.

O adolescente foi autuado, será apresentado ao Ministério Público local pelo atos cometidos e se encontra à disposição da Justiça.

Portal Correio

Vítima de assalto desenha retrato falado de suspeitos e publica no Facebook, em JP


Relato foi postado no Facebook; assalto ocorreu na Epitácio

Uma estudante universitária de 20 anos usou as redes sociais para denunciar que foi assaltada e agredida por três homens nesse domingo (29), na Avenida Epitácio Pessoa, uma das principais de João Pessoa. A mulher fez um desenho com as características dos suspeitos e postou no Facebook na tentativa de localiza-los e denunciá-los às autoridades policiais.

Conforme relato, a jovem postou a mensagem informando que foi agredida a socos e coronhadas no meio da rua. "Foi em frente a uma farmácia. Três foram me assaltar e eu corri pra pista, não gostaram disso e me agrediram, levaram minha bolsa com todos meus documentos, uma paleta de maquiagem, óculos de grau. E ainda pegaram meu celular que estava dentro da minha calça".

A vítima disse que foi socorrida por funcionários de uma drogaria. "Além do pessoal da farmácia, uma viatura da PM deu apoio e procurou os suspeitos comigo pelas favelas e pelas áreas ao redor, me deram todo apoio, me deixaram em casa e tal", disse.

Segundo a jovem, os suspeitos pareciam ser menores de idade. "Um com uma camisa preta, outro com uma roxa e o que tava armado com uma camisa laranja. Quem souber algo dos meus pertences, eu agradeço", falou.

Na postagem ela acredita que "teriam feito algo pior se eu não tivesse ido para o meio da pista. Fiz um retrato de dois dos três suspeitos para que mais gente reconheça e se ver na rua chame a policia para que investiguem e prenda-os", desabafou.

Ouvida pelo Portal Correio, a delegada Roberta Neiva, chefe da 2ª Delegacia Seccional de Polícia Civil de João Pessoa, disse que os desenhos com retratos publicados pela vítima não têm nenhum respaldo legal e que ela deve procurar a Polícia Civil para que seja feito um retrato falado oficial dos suspeitos. "Legalmente, a imagem não tem amparo. A jovem deve procurar a Polícia Civil que fará um retrato falado dos suspeitos", falou.
Vítima desenhou retrato de suspeitos e publicou no Facebook, junto com esse depoimento

Foto: Vítima desenhou retrato e publicou no Facebook, junto com esse depoimento
Créditos: Reprodução/Facebook

Portal Correio

Polícia prende mãe e filha por fraude de mais de R$ 200 mil contra idosa em João Pessoa

A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa – DDF, prendeu nesta segunda-feira (30) duas mulheres suspeitas de praticarem fraude contra uma idosa cujos valores somam mais de R$ 200 mil. Foram presas em flagrante a cuidadora da idosa, Doralice Pereira de Lira, 69 anos, e a filha dela, Jamile Pereira de Lira, 25 anos. As prisões aconteceram no bairro Jardim Cidade Universitária, em João Pessoa. 

Segundo o delegado Lucas Sá, da DDF, a vítima é uma professora aposentada de 81 anos, que morava sozinha no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa. A suspeita Doralice Pereira de Lira era conhecida da família, o que fez com que ganhasse a confiança da vítima e fosse contratada a trabalhar como cuidadora da idosa. "As suspeitas utilizaram o cartão de crédito da idosa para diversas compras pessoais, além de contratarem valores altos junto à instituição bancária, antecipando a aposentadoria da idosa e contratando empréstimos de alto valor, sendo um deles no valor superior a R$ 100 mil, mas a fraude já acumula um valor superior a R$ 200 mil", esclareceu o delegado.  

A família só descobriu a fraude quando foi informada que a idosa havia sido internada em um hospital, ocasião na qual passou a ter um contato mais próximo com ela, tomando conhecimento de toda a conduta praticada. "Ela estava com a saúde bastante fragilizada, era solteira e sem filhos. Como residia sozinha, foi convencida a contratar uma cuidadora, que depois a convenceu também a abrir uma conta corrente na Caixa Econômica Federal e a emitir uma procuração, para que as suspeitas conseguissem movimentar a conta livremente", relatou.

Ainda segundo o delegado Lucas Sá, após a denúncia, a DDF passou a investigar as suspeitas, descobrindo seus possíveis endereços, confirmando junto à instituição financeira a atividade das contas e as movimentações bancárias em atividade, conseguindo localizá-las e prendê-las em flagrante em um apartamento situado no bairro Jardim Cidade Universitária, em João Pessoa. As suspeitas ficarão na carceragem da Central de Polícia, aguardando o encaminhamento à audiência de custódia, que decidirá se elas irão ao presídio ou se responderão pelas fraudes em liberdade.

O delegado Lucas Sá disse ainda que a população pode ajudar a Polícia a combater o crime informando sobre atitudes suspeitas. Quaisquer denúncias poderão ser encaminhadas à DDF por meio do disque denúncia da Polícia Civil pelo número 197. A ligação é gratuita e é garantido o sigilo absoluto.

Paraiba.com.br

João Pessoa tem alerta de inundações; chuvas alagam ruas e dificultam trânsito


Acidente ocorrido na BR-230, em Bayeux

O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) emitiu um alerta, na manhã desta segunda-feira (30), sobre as chuvas que estão ocorrendo desde a noite desse domingo (29) em João Pessoa. Segundo o coordenador da Defesa Civil da Capital, Noé Estrela, o alerta foi de chuvas moderadas podendo ocorrer inundações. De acordo com a meteorologista da Aesa, Marle Bandeira, do começo da manhã até perto das 11h, já chegou a chover 69,2 milímetros, em João Pessoa, um índice considerado alto para o intervalo de tempo. Várias ruas da Capital ficaram alagadas e o trânsito foi desviado. A previsão é mais chuvas até esta terça-feira (31).

"Após o comunicado do Cenad, nossas equipes iniciaram vistorias nas áreas de risco e nos pontos críticos. Vamos ficar em alerta total e estamos monitorando as chuvas para agir rápido caso seja necessário. O alerta do Cenad foi de possíveis inundações nas próximas horas", comentou Noé Estrela.

Segundo a assessoria de imprensa da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) de João Pessoa, o trânsito ficou obstruído em alguns pontos da Avenida Epitácio Pessoa (em frente ao colégio Lourdinas); foi desviado na avenida principal do bairro dos Bancários pela Rua Rosa Lima dos Santos; no sentido bairro-Centro; no sentido Centro-bairro, o desvio foi pela Rua Flamboyant.

O trânsito foi interrompido por conta do excedente de água na Rua Brasilino Alves da Nóbrega, na ladeira que liga os bairros de Mangabeira a Valentina.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apenas um acidente foi registrado até as 11h desta segunda. A batida entre um carro e uma moto aconteceu no trecho da BR-230, próximo ao posto da PRF de Manguinhos, em Bayeux, na Grande João Pessoa. O motociclista ficou ferido e foi socorrido pelo Samu.

PRF orienta motoristas

Durante a chuva, ou com o asfalto molhado, o motorista deve aumentar a distância em relação ao veículo que trafega a sua frente. Assim, é possível evitar freadas bruscas, que nessas condições elevam o risco de derrapagens e aquaplanagens;
v As borrachas das palhetas do limpador de para-brisa precisam estar em bom estado de conservação para que a chuva afete o menos possível a dirigibilidade do veículo. Elas devem ser trocadas uma vez por ano;

- Os faróis devem estar sempre acesos;

- Redobre o cuidado nas curvas e frenagens;

- Se possível, evite passar em poças ou locais com acúmulo de água;

- O 'pisca-alerta' somente deve ser acionado em caso de parada não prevista ou pane no veículo. Trafegar com o pisca-alerta ligado provoca a sensação de que o veículo à frente está parado, fazendo com que o condutor do veículo atrás freie, com risco de provocar acidente;

- Em caso de chuva forte, o motorista deve procurar um lugar seguro e, assim que possível, parar o carro. Nunca pare sobre a pista e só pare no acostamento se não houver alternativa; o ideal é parar completamente fora da via.

- Na pista molhada, o condutor corre o risco de passar por uma situação de aquaplanagem, que acontece por alguns fatores: Excesso de água na pista; Calibragem inadequada dos pneus; Velocidade incompatível com a via; Pneus desgastados (lisos).

Ao perceber que seu veículo perdeu a aderência com a via, siga as seguintes orientações:

- Tire o pé do acelerador até retomar o controle completo da direção;

- Não freie, pois se as rodas estiverem travadas no momento em que voltar o contato dos pneus com a pista, o veículo poderá desgovernar-se;

- Segure o volante com firmeza, mantendo-o alinhado.

A PRF orienta, entretanto, que a pista seca não deve ser justificativa para excessos de velocidade.

Portal Correio  

Condutor da tocha olímpica no Piauí estaria vendendo peça por R$ 50 mil

O anúncio da venda de uma tocha olímpica em um grupo de 'compras' no Facebook chamou a atenção de muitosinternautas no Piauí. "Sou um condutor da tocha olímpica quando a mesma passará por Parnaíba, vendo a tocha e o uniforme que usarei", diz a postagem.

Não se sabe a autenticidade da publicação, que oferece R$ 50 mil pelas peças, com 'preço negociável', a postagem foi excluída após uma enxurrada de críticas feitas pelosusuários. A tocha passará pelo Piauí nos dias 9 e 10 de junho.

O caso piauiense não é o único, um rapazde Minas oferece sua tocha por R$ 120 mil.

Tanto o Comitê Organizador Rio 2016, quanto os patrocinadores do evento, afirmaram que não há nenhum impedimento na venda da tocha, explicando que o condutor tem a liberdade para fazer o que quiser depois que adquiriu o objeto.




180graus



Sociedade machista e violenta 'estupra as mulheres', diz representante da ONU

Não existe o "grande monstro estuprador". Na maioria dos casos de violência sexual, os perpetradores são considerados "homens normais", que não acham que cometeram um ato violento. Mas o que exatamente eles pensam?

É o que investiga a brasileira Arielle Sagrillo Scarpati, de 28 anos, que faz doutorado em psicologia forense na Universidade de Kent, na Inglaterra.

"Quando você olha a literatura sobre o tema, observa que a maioria dos casos de estupro são cometidos por agressores que não têm nenhuma patologia. A gente tem essa noção de que o estuprador é um monstro, um psicopata. Mas na verdade esses homens são o que chamamos de normais, em geral tidos como pessoas boas, salvo raras exceções. Isso sempre me chamou muito a atenção", disse à BBC Brasil.

Scarpati tenta entender o que faz com que pessoas que cometem violência sexual não reconheçam seus atos como violentos. E aponta valores culturais e os "mitos do estupro", tanto no Brasil quando na Inglaterra, como os principais responsáveis.

"A maioria das pessoas acha que estupro envolve o monstro, o beco escuro, a mulher jogada no chão ensanguentada. Por isso, em muitos dos casos, a própria vítima não reconhece o que sofreu como violência."

Segundo a pesquisadora, uma cultura machista também dificulta o acolhimento das vítimas pela polícia britânica, que enfrenta críticas de culpabilização da vítima semelhantes à brasileira.

Confira os principais trechos da entrevista:

BBC Brasil: Quais são as principais diferenças e semelhanças que você encontrou entre Brasil e Inglaterra quando se trata de violência sexual?

Scarpati: Enquanto no Brasil há uma cultura machista mais geral, que abarca qualquer faixa etária, aqui na Inglaterra o fenômeno parece mais forte nas universidades, que é o que eles chamam de "lad culture".

Para fazer parte de um grupo na universidade e ser considerado um bom membro, é preciso fazer certas coisas. Isso inclui muita bebida e, frequentemente, abusar de mulheres em festas. Há uma quantidade de violência sexual altíssima e muitos desses casos não são reportados. Isso dá a impressão de que a violência sexual ocorre menos.

Tanto na Inglaterra quanto no Brasil a polícia ainda não está preparada para acolher bem essas vítimas. Aqui os casos andam mais rápido, os serviços funcionam melhor, mas o acolhimento inicial ainda é ruim.

Trabalhei como voluntária em um centro de acolhimento de vítimas aqui em Canterbury e muitas me diziam que preferiam não denunciar para não terem que ouvir perguntas como "que roupa você estava usando?", "será que você não provocou?" e "você vai denunciar mesmo, não quer voltar para casa e pensar melhor?'".

Por outro lado, o debate a respeito do assunto acontece há mais tempo por aqui e existe um sistema um pouco mais bem estruturado para dar assistência à vítima e tratamento ao agressor. Eu vejo muito, por exemplo, uma preocupação com o tratamento dos agressores - o que, infelizmente, a gente ainda negligencia no Brasil.

Além disso, aqui há diferenças culturais como menor desigualdade de gênero, índices menores de violência e maior participação feminina no mercado, que se refletem na maneira como a violência é perpetrada aqui. Por exemplo: você nao vê - ou vê raramente - mulheres sendo "puxadas pelo braço ou pelo cabelo" em uma festa, ou cantadas nas ruas.

BBC Brasil: A comoção causada pelo caso da adolescente estuprada por diversos homens no Rio pode significar que a sociedade brasileira esteja menos tolerante à violência sexual?

Scarpati: A gente está começando a olhar para o fenômeno da violência sexual agora. Ainda não enxergamos muito do que acontece.

Quando você tem casos envolvendo menores, tem a atenção das pessoas. Quando há casos envolvendo muita brutalidade, eles também chamam a atenção do público de modo geral, despertam indignação.

Mas para além desses casos, que envolvem grupos muito particulares, temos uma série de casos de violência que acontecem cotidianamente. E nós negligenciamos tanto a vítima quanto os diferentes tipos de agressores.

Esse caso agora é definitivamente fora da curva. A violência contra a mulher no Brasil tem uma roupagem muito diferente. São principalmente mulheres que são vítimas de violência e sequer são capazes de nomear como violência aquilo que elas vivenciaram.

BBC Brasil: A lei brasileira considera que quaisquer "atos libidinosos" não consentidos são crime de estupro. Por que existe essa dificuldade de reconhecer a violência sexual em suas diversas formas?

Scarpati: Porque a gente tem uma ideia na cabeça sobre o que é violência sexual, quem é o agressor e quem é a vítima.

São estereótipos que chamamos de "mitos de estupro": o agressor é um monstro, a vítima é aquela que estava andando sozinha pelo beco escuro à noite, é atacada e deixada no chão ensanguentada ou é aquela que estava se vestindo de maneira tida como vulgar, que estava bêbada ou que "provocou".

Qualquer coisa que fuja desse padrão a gente tem muita dificuldade de reconhecer. Por isso, em muitos dos casos, a própria vítima não reconhece o que sofreu como violência e o agressor também não reconhece.

É comum que as pessoas não entendam como violência sexual uma situação de estupro dentro do casamento, por exemplo. Mas o que caracteriza o estupro é ausência de consentimento. Se a mulher está com o marido e diz não, mas ele força e o sexo acontece, isso é estupro.

É comum que as pessoas não entendam como violência sexual uma situação de estupro dentro do casamento, por exemplo

Não interessa se os dois foram para o motel, se estavam pelados. Se a mulher diz: 'não, para'. E o homem continua, isso é estupro. Mas muitos não acreditam.

E isso não é algo apenas dos homens. Homens e mulheres acreditam nesses mitos e os endossam.

BBC Brasil: O caso da adolescente no Rio gerou discussões, especialmente nas redes sociais, sobre o papel dos homens no combate ao que se chama de cultura do estupro. Qual você acha que deve ser este papel?

Scarpati: Se um homem não enxerga como violência e se posiciona diante de uma piada sexista, de um comportamento machista, de um colega que diminui uma mulher, está indiretamente contribuindo para esta cultura de violência.

Há pesquisas aqui no departamento na Universidade de Kent que mostram uma relação entre aceitar piadas sexistas e concordar com "mitos do estupro" (um termo que aparece com constância em discussões sobre violência sexual na Grã-Bretanha para designar crenças comuns porém equivocadas sobre o assunto; entre mitos mais comuns apontados por ONGs de defesa de mulheres estão, por exemplo, 'o estuprador não entendeu que a vítima não estava consentindo', 'ou 'a maioria dos estupros é cometida por estranhos').

E também há pesquisas mostrando que pessoas que concordam com mitos de estupro têm mais chances de vir a cometer algum tipo de violência. Não é uma relação direta de causa, mas é uma correlação. São coisas que caminham juntas.

Por isso defendo que não é uma questão de patologia. Por causa de um ambiente muito propício - um caldo de normas e de valores, de discursos e práticas - as pessoas passam a naturalizar e legitimar determinados tipos de comportamento em relação à mulher.

Quando há algo que você considera muito errado e você faz, você entra num debate consigo mesmo. Cognitivamente, você precisará entrar num acordo com sua consciência. Mas se a sua ação não é tida como equivocada, você não precisa lidar com a consciência. Faz e segue em frente.

BBC Brasil: Se na maioria das vezes não é um caso de patologia, como você diz, o que passa pela cabeça de homens que cometem atos de violência sexual?

Scarpati: Sabemos que, de maneira geral, a maioria dos agressores carregam uma hostilidade contra mulheres e de alguma maneira apoiam "mitos de estupro".

Segundo as teorias mais aceitas atualmente: agressores geralmente trazem dentro de si o sexismo ambivalente, os "mitos de estupro" e o que chamamos de "crença num mundo justo".

A "crença num mundo justo" é a ideia de que coisas ruins acontecem com pessoas ruins e coisas boas acontecem com pessoas boas. Então, cada um só tem o que merece. Isso é algo que ajuda a deixar esses homens tranquilos com aquilo que fizeram.

Outra coisa é o que chamamos de "sexismo ambivalente". Ele tem uma face mais agressiva - a ideia de que mulher não presta, de que, se provoca o homem, merece apanhar mesmo e de que vale menos que o homem - e uma face benevolente - a ideia de que a mulher é a rainha do lar, de que é frágil e de que o papel do homem é cuidar dela.
Arielle Scarpati:
Arielle Scarpati: "Esse caso agora é definitivamente fora da curva. A violência contra a mulher no Brasil tem uma roupagem diferente."
Foto: Arquivo pessoal / BBCBrasil.com

Essa face benevolente tem uma cara muito bonita, mas o problema com isso é que o homem, ao pensar assim, continua diminuindo a mulher. Ao dizer que ela é frágil, sensível e delicada, ele também está dizendo que ela não é capaz de fazer as próprias escolhas e que quando ela diz não, ela não sabe muito bem o que está dizendo.

Também está dizendo que o papel do homem é fazer as escolhas da mulher por ela. E que, se ela não tiver o comportamento de princesa esperado, ele pode puni-la por isso.

O sexismo ambivalente dá margem a achar que a mulher deve se comportar de determinada forma: delicada, frágil, feminina, quieta.

Se alguma mulher não se comporta desse jeito, não merece cuidado. Assim, é mais fácil agir de maneira agressiva com uma mulher que não se encaixa nesse padrão de mulher ideal. Por isso é frequente ouvir o discurso de "se ela não se comportasse de tal maneira, isso não teria acontecido".

BBC Brasil: Alguns dos suspeitos do crime disseram nas redes sociais que a garota teria pedido para ter relações sexuais com os homens, ainda que aparentasse não estar completamente consciente no vídeo. Seu perfil no Facebook também vem sendo criticado por referências a sexo e drogas. Que importância estas informações tem na compreensão sobre o que é estupro?

Scarpati: Quando a gente fala de violência sexual tudo gira em torno da potencial vítima ou da vítima em si. A gente pensa na roupa que ela usando, no passado dela, se ela provocou ou não, se ela disse não claramente, se ela estava sob efeito de drogas.

Em nenhum momento, paramos para discutir porque não estamos focando nas ações do agressor, ou nos homens de modo geral.

Se ela estava sob efeito de drogas, o homem precisa entender que ela não está 100% consciente e não é capaz de consentir de verdade um ato. Se ela está alcoolizada, não tem condições de dizer sim ou não claramente.

Ao invés de dizermos aos meninos: "se a menina estiver alcoolizada, ao invés de levá-la para a cama, você chama um táxi e a leva pra casa". Ao invés de dizermos: "sexo envolve pessoas em plena razão para consentir que aconteça", tiramos toda a responsabilidade do homem e colocamos na mulher.

Ela tem que estar sã, consciente, capaz de dizer não e, mesmo quando diga não, tem que ser capaz de fugir ou de reagir se isso não for respeitado.

Esse tipo de estratégia (de falar do comportamento da vítima) é muito eficaz. É por isso que se continua utilizando até hoje, no Brasil e aqui na Inglaterra também. Uma série de casos que foram para a Justiça tiveram exatamente esse argumento: ela bebeu, ela provocou, ela não gritou, não reagiu.

E a vítima é submetida a outra forma de violência: é desacreditada durante todo o processo. Para fechar com chave de ouro, o agressor é absolvido.

O Brasil é o quinto país do mundo em número de assassinatos de mulheres por razões de gênero, o chamado feminicídio, de acordo com a ONU Mulheres. 

Embora seja composto por um grupo de apenas 83 países - somente os que dispõem de estatísticas de violência contra a mulher - e não englobe, por exemplo, nações do Oriente Médio, o ranking dá a medida do tamanho do problema. 

Dados apontam que país tem ao menos 50 mil estupros por anoAgência Brasil
Dados apontam que país tem ao menos 50 mil estupros por ano

São 4,6 mil assassinatos por ano, mostrando que o país só perde em violência para El Salvador, Guatemala, Rússia e Colômbia, segundo a lista. E pelo menos 50 mil casos de estupro são registrados anualmente. 

Em entrevista à BBC Brasil, a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, afirma que o número revela "uma sociedade muito machista, muito violenta, que assedia e estupra as mulheres". Segundo ela, o país tem boas leis, mas elas não são colocadas em prática com a força necessária. 

Confira os principais trechos da entrevista: 

BBC Brasil - O Brasil é o quinto país do mundo em número de feminicídios, a frente de muitos países considerados, no senso comum, mais violentos. Como a senhora explica isso? 

Nadine Gasman - De 2013 para 2015, o Brasil passou de sétimo para quinto lugar. Apenas os países que têm dados sobre assassinatos de mulheres fazem parte da lista, mas, sim, é verdade, o país está à frente de muitos outros. E os números são muito fortes. São 50 mil agredidas sexualmente a cada ano. 

E esse número é o das mulheres que notificam a agressão - porque trabalhamos com a estimativa de que apenas um terço das vítimas registra ocorrência. Há uma semana mais ou menos, a (ONG) Actionaid lançou uma pesquisa segundo a qual 86% - vejam bem, oitenta e seis por cento - das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de assédio. 

Esses números mostram uma sociedade muito machista, muito violenta, que assedia e estupra as mulheres. O caso da menina de Bom Jesus, no Piauí, e o da menina do Rio de Janeiro são crimes muito bárbaros, que demonstram um desprezo grande pela vida, pelo corpo e pela sexualidade das mulheres. 

No caso do Rio, 33 homens estupram uma jovem e tiram fotos, fazem daquilo uma festa. E postam nas redes sociais, revelando uma total falta de consciência de que cometiam um crime. 

Nadine Gasman: Agência Brasil
Nadine Gasman: "Brasil tem uma cultura sexista muito forte"

BBC Brasil - Existe uma imagem, tanto nacional quanto internacional, de que o Brasil é um país mais liberal no que diz respeito aos costumes, às mulheres. 

Gasman - Eu acho que depende muito do que as pessoas classificam como liberdade. Existe uma mídia que apresenta a mulher brasileira como objeto sexual, com todos os preconceitos e estereótipos possíveis - mas pode haver uma leitura imprópria de que isso é liberdade. 

Se 86% das mulheres brasileiras dizem já ter sofrido algum tipo de assédio, que liberdade é essa que elas têm de andar pelas ruas, de ocupar espaços públicos? Acho que essa imagem que se criou não corresponde à vida real das mulheres brasileiras. 

BBC Brasil - A senhora acha que existe uma cultura do estupro no Brasil? 

Gasman - Sim, acho que o Brasil tem uma cultura machista muito forte, uma cultura sexista muito forte e uma cultura de estupro. O estupro é aceito pelos homens e não reconhecido por muitos como uma violação extrema dos direitos da mulher. 

Por isso estamos lançando agora a campanha "Eles por Elas", para que os homens se posicionem também, não se calem diante de situações de violência, não compartilhem vídeos como o do estupro dessa moça. 

Eles precisam entender que, com esses gestos, perpetuam a cultura do estupro. Que precisam se comprometer a deter essa barbárie, que usem os espaços que têm para conscientizar outros homens. É especialmente importante que se engajem. 

BBC Brasil - A violência contra a mulher é naturalizada no Brasil? 

Gasman - Sim, de muitas formas. Temos uma sociedade que aceita o machismo, a desigualdade entre homens e mulheres, em que a questão da igualdade de gênero não faz parte da cultura. 

Estupro no Rio chocou opinião pública e mobilizou políciaAgência Brasil
Estupro no Rio chocou opinião pública e mobilizou polícia

O tema não é tratado nas escolas com a profundidade que deveria. A escola é o espaço para socializar meninos e meninas numa cultura de igualdade, respeito, tolerância. 

A mídia, por sua vez, banaliza o tema do estupro, do crime. O país tem uma boa resposta em termos de leis, mas elas não são implementadas com a força e a decisão necessárias. E tem até casos extremos de apologia ao estupro. É essa sociedade que perpetua a cultura machista e sexista.

BBC Brasil - É por isso que, frequentemente, as vítimas são apontadas como culpadas? 

Gasman - Sim, é parte da mesma cultura machista e sexista botar a toda a culpa na vítima: o que ela estava fazendo lá, por que estava vestida de tal jeito. 

Esse discurso é uma forma de desprezar o direito dela de estar onde quiser, de vestir o que quiser e, ao mesmo tempo, de não assumir a sua própria responsabilidade pelo ataque. 

BBC Brasil - Chamou a atenção na posse do novo governo interino o fato de só haver homens no ministério de Michel Temer. A falta de representação política contribui para essa situação? 

Gasman - A falta de representação política é resultado dessa mesma cultura. Obviamente que se tivermos maior representação de mulheres nos empregos públicos e privados, nas empresas, no Congresso Nacional, nos ministérios, isso muda a forma com que os homens se relacionam no espaço público e no poder. 

E quando tem muitas mulheres e muitas mulheres comprometidas com os direitos da mulher isso também muda a forma como a política é feita, como as instituições se organizam.

Ônibus da Cantora Márcia Fellipe se envolve em acidente na Paraíba

O ônibus que transportava os músicos que trabalham com a cantora Márcia Fellipe se envolveu num acidente neste domingo (29). O veículo seguia no trecho de Pitombeira, no Sertão da Paraíba, quando colidiu com um caminhão baú.

O grupo retornava de Maceió-AL, onde fez um show na noite anterior. Na ocasião foi gravado o novo CD promocional da artista.

Conforme a assessoria da cantora, a banda teria dois dias de pausa nos shows e no retorno houve o acidente. Márcia Fellipe não estava na equipe e a assessoria disse ainda que nenhum dos integrantes da banda ficou ferido.

Obrigado meu Deus por mais um livramento te agradeço por tudo... Nosso ônibus colidiu com um caminhão baú. Mais graças a Deus foi só danos materiais. Estamos todos bem", postou um dos integrantes no Instagram.

Em outra postagem, reproduzida por Márcia, eles agradecem aos fãs. Gostaríamos de agradecer aos fãs e amigos pela preocupação e atenção e aproveitar aqui para deixar nosso agradecimento aquele que sempre nos protege, nos guia e nos livra do pior: Deus".

Este, entretanto, não foi o primeiro acidente em que a banda se envolve. No dia 25 de abril do ano passado o veículo colidiu com um animal e acabou descendo um barranco. A artista também não estava no ônibus no dia do ocorrido.

Tambau247

Choque Séptico Abdominal agudo mata professora em Cajazeiras; Hospital emite Nota explicado assunto

Morreu no Hospital Regional de Cajazeiras, Setor da UTI, a Professora da Rede Municipal de Ensino, Janicelia Mangueira da Silva, 40 anos.

Internada para tratamento de saúde, após perde 18 kg em pouco tempo, a professora ficou sobre os cuidados médicos na UTI naquela nosocômio na manhã deste domingo.

Mesmo sobre os cuidados médicos, a professora não evoluiu bem, e mesmo com todos os procedimentos necessários, Junicélia apresentou um quadro de Choque séptico / Abdômen Agudo por volta das 20:30h, momento que se constatou o óbito.

A secretária de Educação do Município de Cajazeiras, Edna Elba Caldas, emitiu nota de pesar a família enlutada, ao mesmo instante que decretou luto oficial no âmbito da secretaria por três dias.

Informações que os preparos fúnebres seguem, e deverá ser sepultada nesta segunda-feira (31), na Cidade de Cajazeiras.

Leia Nota da Assessoria do Hospital Regional de Cajazeiras, explicando o quadro clinico da paciente.

NOTA

A assessoria de comunicação do Hospital Regional de Cajazeiras, vem através desta explicar o que se segue:

Neste sábado (28) deu entrada no setor de urgência e emergência, a paciente Janicélia Mangueira (40 anos de idade) transferida da UPA – Unidade de Pronto Atendimento, a mesma recebeu os cuidados iniciais necessários e de imediato a equipe médica indicou sua internação.

No dia seguinte, domingo (29) às 11h a paciente teve complicações em seu quadro clinico e foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva do HRC, no momento em que a equipe verificava seus sinais vitais, foi constatado que a pressão arterial da paciente estava inaudível. Foi realizada a administração de medicamentos para a reversão do estado da paciente, elevando assim, a sua PA ao nível normal 120 x 80.

Por volta das 20h a paciente entrou em parada cardiorrespiratória, a equipe da Unidade de Terapia Intensiva, realizaram manobras de reanimação cardiopulmonar, mas, sem sucesso, constatando o óbito da paciente às 20h30min, com a causa morte: Choque séptico / Abdômen Agudo.

Folha do Sertão

Falso padre procurado pela Justiça do Ceará é preso no Sertão da PB


Imagem ilustrativa

Um homem que se passava por padre e missionário evangélico em viagens por cidades do interior do Nordeste foi preso, nesse domingo (29), em Sousa (Sertão paraibano, a 438 km de João Pessoa). Ele é acusado de estelionato pela Justiça do Ceará e tinha um mandado de prisão em seu nome.

O suspeito confessou que fingia ser sacerdote e disse que chegou a receber confissões e realizar batizados e casamentos em cidades do Ceará, Maranhão e Piauí. Ele disse ainda que foi a Sousa a convite de um pastor da Assembleia de Deus. Na igreja, ele teria feito um falso testemunho aos fiéis, afirmando que tinha sido padre, mas que agora havia se convertido ao protestantismo. As declarações foram dadas ao site Sertão Informado, que entrevistou o suspeito.

O suspeito foi levado para a Colônia Penal Agrícola de Sousa, onde aguarda medidas da Justiça cearense.

Portal Correio

Ataques com seringas são investigados; suspeito pode ficar preso por até quatro anos


Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, em JP

A Polícia Civil está investigando o caso da professora que denunciou ter sido ferida com uma seringa dentro de um ônibus, na última sexta-feira (20), em João Pessoa. Ainda não há suspeitos do crime e o veículo coletivo onde ocorreu a agressão não possui câmeras de segurança. A informação foi repassada ao Portal Correiopela delegada Desirée Vasconcelos, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, onde a vítima prestou queixa.

Segundo a delegada, o suspeito, assim que identificado, responderá pelo crime de periclitação da vida e da saúde, em que o agressor expõe a vítima a perigo. Dependendo do artigo em que ele for enquadrado, a pena pode chegar a quatro anos de prisão.

"Tudo vai depender da situação da vítima. Se ela chegar a ser infectada por alguma doença, o suspeito será enquadrado no artigo que trata de perigo de contágio de moléstia grave, cuja pena varia de um a quatro anos de prisão. Se ela não tiver contraído alguma doença, ele responderá no artigo que trata de perigo para a vida ou saúde de outrem, cuja pena vai de três meses a um ano", explica Desirée Vasconcelos.

A delegada informou que a polícia já abriu investigação para identificar o homem que atacou a mulher. Ela ressaltou ainda que é muito importante que vítimas de ataques parecidos com o sofrido pela professora procurem uma delegacia. Ela também orientou que vítimas procurem um centro de saúde para realizar exames e tomar medicações.

Depois do ataque – que aconteceu em um ônibus da linha 3510 – Bancários/Pedro II/Epitácio – a professora procurou atendimento no Hospital Clementino Fraga, referência no tratamento de doenças infecto-contagiosas, e já iniciou tratamento para evitar transmissão do vírus HIV, hepatite ou outras doenças.

Ela já recebeu vacinas e tomará um coquetel anti-HIV por 28 dias e, em seguida, passará por testes que confirmem ou descartem a transmissão do vírus. A diretora do Clementino Fraga, Adriana Teixeira, disse que acredita que o contágio de doenças será evitado, caso na agulha usada pelo agressor tivesse mesmo alguma substância prejudicial ao organismo.

Além da professora, um funcionário de um hospital da Capital foi alvo de ataque parecido, na segunda-feira (23). Ele também passa por tratamento.

Portal Correio

As charges do dia...


Cariri Ligado

Casas lotéricas vão parar atividades na Paraíba em junho, alerta sindicato

O Sindicato dos Empresários Lotéricos do Estado da Paraíba esta fazendo um alerta. De acordo com a presidente do Sindicato, Marlene Falcão, as atividades das casas lotéricas terão paralisações de 4 a 11 de junho, devido à defasagem no aumento das tarifas repassada pela Caixa Econômica Federal para os estabelecimentos. O movimento no estado segue uma paralisação nacional.

As 320 casas lotéricas da Paraíba vão seguir um calendário de protesto contra a Caixa e estarão paralisando os atendimentos de alguns serviços. Além das apostas, as lotéricas servem como correspondentes bancários, podem ser efetuados nos estabelecimentos: pagamentos, depósitos e recebimento de benefícios sociais, mas o pagamento de boleto será paralisado para chamar a atenção das dificuldades que os empresários vêm passando pela falta de reajuste das tarifas pagas pela Caixa Econômica Federal.

No dia 4 e no dia 11, as lotéricas não vão receber pagamentos de nenhum boleto bancário ou conta de consumo e entre os dias 6 e 10 seguirão um calendário onde boletos de determinados bancos não serão pagos.

Marlene Falcão lamentou que a medida tenha que ser adotada. Ela destacou que o Sindicato vem tentando negociar com a Caixa a mais de ano, mas que há dois anos as tarifas pagas as lotéricas não foram reajustadas, prejudicando a manutenção dos serviços. Só na Paraíba, mais de sete mil empregos diretos são gerados pelo seguimento.

Ela lembrou que os serviços realizados nas lotéricas desafogam as filas bancárias e revelou que só na Grande João Pessoa são 120 casas loterias em atividade. Marlene explicou que o reajuste solicitado não vai onerar os clientes que fazem os pagamentos de boletos, mas que o pleito dos empresários é para atualizar o valor da tarifa paga pela Caixa as casas lotéricas. Acontece que, apesar de ter o reajustado o valor dos serviços para cobrança e pagamento de boleto, a Caixa Econômica Federal vem se negando a reajustar os valores pagos a seus correspondentes.

"O delegado queria colocar a culpa em mim", diz vítima de estupro coletivo


Manifestações aconteceram em todo o país, após a divulgação de casos de estupro coletivo no Rio de Janeiro

Em entrevista veiculada na noite deste domingo (29) pelo programa "Domingo Espetacular, da TV Record, a adolescente vítima de um estupro coletivo no Rio de Janeiro criticou o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informação (DRCI), que foi retirado da investigação pelo comando da Polícia Civil.

"Foi horrível [prestar depoimentos] porque eles me culparam por uma coisa que eu não fiz. Ficaram perguntando porque eu estava lá, se eu tinha envolvimento, se já tinha feito sexo grupal. O delegado estava querendo me botar de culpada de todas as formas. Aí, eu parei de responder às perguntas, porque eu não era obrigada", disse a vítima sobre os três primeiros depoimentos que prestou à polícia.

Os interrogatórios foram comandados por Thiers. Em outra entrevista, ao "Fantástico", da TV Globo, a adolescente reclamou da forma como o delegado iniciou o interrogatório. "Ele chegou dizendo 'Me conta aí', sem nem perguntar como eu estava, se estava bem", disse ela.

Neste domingo, a adolescente entrou para a guarda do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte. Ela e a família deixaram a casa onde viviam na zona oeste do Rio. Eles também dispensaram os trabalhos da advogada Eloísa Santiago, que até então defendia a adolescente.

Nenhum suspeito permaneceu detido desde a divulgação nas redes sociais do vídeo em ela aparece sofrendo o abuso, nua e desacordada, na última quarta (25).

"Não acredito na Justiça"

A adolescente de 16 anos disse ainda não acreditar na Justiça. "Eu acredito na Justiça de Deus, que tarda, mas não falha".

Em outro trecho da entrevista, a jovem declarou que os homens que participaram do estupro coletivo não atenderam aos apelos dela para que parassem. "Eles continuavam tendo relações comigo, mesmo eu gritando e chorando". Ela voltou a afirmar que estava dopada, e ao acordar não reconheceu a casa, onde o crime foi cometido.

"Todos os dias quando eu acordo eu me sinto culpada. Eu me sinto culpada por usar um short curto", disse a adolescente quando foi questionada sobre seus sentimentos em relação ao fato. Ela voltou a agradecer às mensagens de apoio que recebeu de milhares de pessoas, por meio das redes sociais. "Eu quero ajudar o máximo de pessoas que eu puder. Mas para aonde eu vou, o que vou fazer da minha vida, eu não sei."

Ao "Fantástico", ao ser perguntada sobre o que ela deseja que aconteça com os estupradores, a jovem é enfática: "Desejo uma filha mulher a eles".

Troca de comando

A DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima) assumiu a coordenação das investigações do estupro coletivo, ocorrido na semana passada no Rio de Janeiro, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil.

"A medida visa evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho", explica o comunicado da Polícia Civil.

A investigação passa a ser conduzida pela delegada Cristiana Bento, no lugar de Alessandro Thiers, titular da Delegação de Repressão aos Crimes de Informação (DRCI).

A investigação teve início após um vídeo da jovem, nua e desacordada, ser postado em redes sociais na terça (24). O caso gerou protestos de rua e nas redes sociais no Brasil e no mundo.

Treze morrem em rodovias federais de SC no feriadão de Corpus Christi


Dez cidades tiveram acidentes fatais entre quinta e domingo (Foto: Arcanjo/Divulgação)

Ao menos treze pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais em 10 cidades de Santa Catarina no feriado prolongado de Corpus Christi, de quinta-feira (26) a domingo (29), conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O número aumentou em relação ao ano passado, quando foram registradas oito mortes.

No domingo, as vítimas fatais foram dois jovens. O condutor de um Palio morreu em um acidente por volta das 5h20, em Capão Alto, na Serra. De acordo com a PRF, o motorista de 23 anos bateu em uma pedra no km 296,5 da BR-116.

No Norte do estado, uma saída de pista causou a morte de uma jovem de 24 anos no km 77 da BR-101 em Araquari. Ela era passageira de um Ka onde estavam outras duas garotas, de 19 anos, que ficaram gravemente feridas e foram levadas para o hospital São José de Joinville.

Nove mortos em dois dias
No sábado (28), foram cinco mortos em acidentes. No Litoral Norte, um motociclista, que não teve a idade comunicada pela PRF, morreu após uma batida de lado com um Palio Weekend. O acidente ocorreu às 4h no km 7 da BR-470 em Navegantes.

Na Grande Florianópolis, o condutor e um passageiro de uma Amarok morreram após uma saída de pista no km 238 da BR-101 em Palhoça. O acidente ocorreu por volta das 8h15 de sábado. Outros dois passageiros ficaram gravemente feridos.

Um passageiro de 28 anos de um Peugeot morreu em um acidente no km 21 da BR-101 no distrito Pirabeiraba, em Joinville, no Norte do estado. O carro capotou por volta das 18h40 de sábado, deixando o condutor, de 29 anos, e outro passageiro, de 54, com lesões leves.

Um ciclista morreu após uma batida de lado com um Celta por volta das 18h em Capivari de baixo, no Sul. O acidente ocorreu no km 328 da BR-101. O motorista do carro não ficou ferido.

Na sexta-feira (27), quatro pessoas morreram em acidentes. O motorista, de 27 anos, e um passageiro, de 24, de um HB20 morreram após uma saída de pista no km 207, 8 da BR-101 em São José, na Grande Florianópolis. Dois passageiros do carro, de 25 e 27 anos ficaram feridos.

Uma motociclista, de 26 anos, morreu após uma colisão traseira com um caminhão por volta das 12h de sexta no km 210,6 da BR-101 em Palhoça, também na Grande Florianópolis.
O passageiro, de 51 anos, de uma Parati morreu em um acidente na BR-470 em Brunópolis, Serra na sexta. O carro bateu de lado com um caminhão às 18h.

Dois caminhão acidentados
Na quinta, foram dois mortos. Uma saída de pista causou a morte de um caminhoneiro no km 443 da BR-282 em Ponte Serrada, no Oeste. O acidente ocorreu por volta das 9h50.

Em Pouso Redondo, no Vale do Itajaí, outro motorista de um caminhão morreu após o tombamento do veículo no km 186,7 da BR-470. O acidente foi por volta das 19h30 de quinta.
Caminhoneiro morreu no local (Foto: Sandro Devens/Divulgação)Caminhoneiro morreu em Ponte Serrada, na quinta-feira (Foto: Sandro Devens/Divulgação)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...