sexta-feira, 3 de junho de 2016

Após colocar fogo em roça, homem passa mal e morre queimado, no Sertão

Morreu nessa quinta-feira (02), o agricultor Sinval Carolino de Sousa, 64 anos após passar mal durante a realização de uma "queima de roça" em sua propriedade, localizada no sítio Barra do Catolé, Zona Rural de Cajazeiras.

Segundo testemunhas, por volta das 09h30min um parente de Sinval estranhou a quantidade de fogo no local e se deslocou para verificar, quando se deparou com a vítima caída ao solo com fogo em algumas partes do corpo.

Familiares relataram que Sinval teria ido colocar fogo no mato que possivelmente consumiu muito rápido e se alastrou pela propriedade e o idoso teria tentando apagar.

O Samu e o Corpo de Bombeiros estiveram no local, mas o homem já estava em óbito. A Polícia Militar realizou o isolamento do local e acionou a perícia, que encaminhou o corpo ao ILM da cidade de Patos.

Fonte Mais Patos com Diário do Sertão

Idoso assaltado é achado morto em casa com mãos e pés amarrados, na Paraíba


Crime aconteceu em Araruna

Um idoso foi encontrado morto dentro de casa após sofrer um possível assalto, na manhã desta sexta-feira (3), no município de Araruna, no Brejo paraibano, a 166,7 km de João Pessoa. Segundo a polícia, o idoso pode ter sido assassinado ou ter sofrido um infarto após o crime.

O crime teria acontecido na madrugada desta sexta. De acordo com a Polícia Militar, antes de amanhecer, dois homens teriam entrado na casa do idoso e o amarrado. Ainda segundo a PM, os suspeitos pegaram o carro da vítima para tentar fugir, mas bateram com o veículo e o abandonaram.

"A gente tem a suspeita de que foi um assalto. Temos informações de que dois homens entraram na casa e algum tempo depois começaram a colocar eletrodomésticos do idoso dentro do veículo. Os suspeitos tentaram fugir, mas bateram o carro e o abandonaram. Após isso, vizinhos foram ver o idoso e o encontraram morto", contou a PM.

A PM informou que o corpo da vítima estava com mãos e pés amarrados, mas sem marcas evidentes de agressões. O corpo do idoso foi encaminhado a Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol), onde vai passar por perícia e confirmação da causa de morte.

"Nós já temos dois homens como suspeitos do crime e estamos em diligências para tentar encontrá-los", disse a PM.

Portal Correio

Ex-deputado é preso ao 'fura' bloqueio da policia para levar alimentos a invasores de hotel

O ex-deputado distrital e federal José Edmar foi preso nesta sexta-feira (3) por tentar doar mantimentos do grupo que resiste há mais de 50 horas à desocupação do hotel Torre Palace, no centro de Brasília. O político furou o bloqueio da Polícia Militar levando uma caixa com produtos como sardinha, ovos, água, álcool de cozinha e pão. Ele pode responder por desobediência.

Ao G1, Edmar disse que ficou sensibilizado ao ver que havia crianças no hotel sem alimentos e sem água. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, há nove adultos e quatro crianças no local. Duas delas, de 7 e 8 anos, estão com crise de asma. Uma equipe médica do Corpo de Bombeiros está de prontidão para atendê-las.

"Cortar água de criança, comida de criança, isso não se faz. Ontem não consegui dormir e resolvi fazer alguma coisa. Gastei R$ 50 do almoço para comprar isso para eles", afirmou, que disse ter o direito de ir e vir cerceado.

O prédio é ocupado desde outubro do ano passado por movimentos sociais. A Secretaria de Segurança Pública disse negociar a saída dos últimos invasores. O objetivo é que eles "deixem espontaneamente o prédio", que teve o fornecimento de energia elétrica e de água interrompidos.

O grupo é o mesmo que ocupou o hotel Saint Peter em setembro – que ofereceu emprego de gerente com salário de R$ 20 mil ao ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado no mensalão, e foi palco para o sequestro de um funcionário do ano passado.

Questionado sobre a possibilidade de atrapalhar as negociações da PM com os manifestantes, José Edmar chamou de "crime social" a forma como o governo tem conduzido as negociações. A Secretaria de Segurança Pública disse que não vai comentar as declarações.

Em 2003, quando era filiado ao PMDB, Edmar tinha sido preso em uma ação da Polícia Federal contra grilagem de terras. Na época, ele foi acusado de lavagem de dinheiro, parcelamento irregular do solo, corrupção passiva e formação de quadrilha. Ele negou os crimes.

Também nesta sexta-feira, a PM encontrou um galão de 20 litros de água escondido debaixo de entulhos no térreo do Torre Palace. O material foi achado durante uma revista e já estava no local antes da operação para desocupar o prédio, afirma a polícia.

Negociação
Deputados federais do PT, representantes do GDF e da Polícia Militar se reuniram com os invasores na área interna do hotel, em uma tentativa de acordo, na quarta. O grupo disse que só deixaria o local, conhecido como "hotel do crack" quando o governo oferecesse uma opção permanente de moradia.

Barreiras marcam interdição nas proximidades do hotel Torre Palace, no centro de Brasília, alvo de operação de reintegração de posse (Foto: Mateus Vidigal/G1)
Barreiras marcam interdição nas proximidades do hotel Torre Palace, no centro de Brasília, alvo de operação de reintegração de posse (Foto: Mateus Vidigal/G1)

Pelo menos quatro pessoas foram detidas por xingarem PMs, desobedecerem a ordem de deixar o prédio e tentar invadir o perímetro de isolamento nesta quarta. No fim da tarde do primeiro dia da operação, bombas de fabricação caseira foram lançadas de cima do prédio em direção aos militares. Os artefatos, conhecidos como "cabeção", estouraram perto dos carros do Corpo de Bombeiros e da PM. Ninguém ficou ferido.

Devido à operação da polícia, era possível ver integrantes do MRP carregando pneus e botijões de gás até a cobertura do prédio na tarde desta quarta. Um grupo de manifestantes chegou a queimar objetos em um dos andares do edifício.

Morte, drogas e furtos
O corpo de um homem de cerca de 20 anos foi encontrado na madrugada de 12 de março em frente ao Torre Palace. A namorada do rapaz, de 17 anos, disse à polícia que eles estavam no sétimo andar do prédio para usar drogas, mas, depois de uma discussão, o deixou sozinho em um quarto no sétimo andar. Depois, ela disse não tê-lo visto mais.

Congresso Nacional visto de hotel abandonado no centro de Brasília (Foto: Vianey Bentes/TV Globo))
Congresso Nacional visto de hotel abandonado no centro de Brasília (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)

Vizinhos ao estabelecimento reclamam que o índice de crimes aumentou na região após a instalação de 200 pessoas no local. Equipes da Polícia Militar foram deslocadas para a área para reforçar a segurança.

O imóvel é avaliado em R$ 35 milhões e fica próximo a alguns dos principais cartões postais de Brasília, como a Torre de TV e o Estádio Mané Garrincha, e vista para a Esplanada dos Ministérios, o Congresso Nacional e a Catedral de Brasília.

Cama em quarto de hotel abandonado em Brasília (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)
Cama em quarto de hotel abandonado em Brasília (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)

Com 14 andares e 140 apartamentos, o hotel foi abandonado em 2013, após disputa entre herdeiros do fundador do hotel, o empresário libanês Jibran El-Hadj, morto em 2000.

O Tribunal Regional do Trabalho chegou a definir 28 de março como data para leilão do hotel. Os proprietários deviam R$ 120 mil em multas por descumprimento de acordo com o Ministério Público do Trabalho, após constatada dívida com os funcionários. O certame foi suspenso.

Congresso Nacional visto de hotel abandonado no centro de Brasília (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)

Congresso Nacional visto de hotel abandonado no centro de Brasília (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)

G1 

Mais de 83 mil teriam Bolsa Família irregularmente, entre mortos e empresários, na PB


Bolsa Família

Um levantamento divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF) mostra que João Pessoa é a terceira capital do país com mais casos suspeitos de fraude no Bolsa Família, entre 2013 e 2014, perdendo apenas para Salvador (BA) e Brasília (DF), respectivamente. Na Paraíba, segundo o MPF, mais de 55 mil servidores públicos, 4,4 mil falecidos, 1,7 mil doadores de campanha e 21 mil empresários estariam recebendo indevidamente o benefício em todo o estado.

Segundo apuração do Jornal do Comércio, o MPF detectou suspeita de fraudes em 59,7 mil famílias atendidas pelo programa em João Pessoa e a essas pessoas teriam sido pagos quase R$ 10 milhões.

Conforme levantamento do MPF, foram pagos entre 2013 e 2014 mais de R$ 7,4 milhões só a falecidos paraibanos. Para o órgão, os valores totais suspeitos das fraudes chegam a R$ 216 milhões.

Para a conclusão, o MPF cruzou dados da Receita Federal, Tribunais de Contas e Eleitoral e espera que as prefeituras das cidades onde foram verificadas suspeitas de fraudes prestem explicações acerca dos problemas identificados.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), na Paraíba, são 574 mil famílias dependentes do programa, ou seja, pouco mais de 1,6 milhão de pessoas, nos 223 municípios do estado, sendo 192,2 mil só em João Pessoa. Tem direito ao benefício quem possui limite de renda de R$ 154 por pessoa da família e o valor recebido pelo governo varia de R$ 82 a R$ 362.

Quem libera o recurso do programa federal é o Ministério do Desenvolvimento Social. De acordo com o órgão, em todo Brasil, entre 2013 e 2014, o governo federal chegou a pagar R$ 2,5 bilhões a beneficiários que fraudaram informações.

Segundo a assessoria de imprensa do MPF, os procuradores federais cobraram informações do Ministério do Desenvolvimento Social sobre a execução e a fiscalização do Bolsa Família e também vão pedir informações às prefeituras, que são as responsáveis pelos cadastros das famílias que participam do programa.

A Prefeitura de João Pessoa informou nesta sexta-feira (3) que os valores suspeitos foram detectados e cancelados antes mesmo das denúncias do MPF.

Portal Correio

Grupo explode cofre de agência dos Correios em cidade do Cariri

A agência dos Correios da cidade de Barra de Santana, na região da Borborema da Paraíba, foi alvo de criminosos na madrugada desta sexta-feira (3). De acordo com as primeiras informações da Polícia Militar, o cofre do estabelecimento foi explodido e o dinheiro foi levado.

O assalto aconteceu por volta das 2h. Vários homens fortemente armados chegaram no município em três carros. Eles teriam arrombado a porta da agência e seguido diretamente para a sala do cofre. Vizinhos do local ouviram a explosão e acionaram a polícia.

Ainda conforme informações de moradores, após a explosão os criminosos fugiram nos veículos atirando para cima. A Polícia Militar fez buscas na região, mas nenhum suspeito foi detido até as 8h desta sexta-feira. A polícia acredita que o grupo fugiu em direção ao estado de Pernambuco.

Cariri Ligado

Lewandowski recebe primeiro recurso contra decisão da comissão do impeachment

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, esteve na noite de ontem (2) no Senado Federal, após o término da reunião da Comissão Processante do Impeachment, Raimundo Lira (PMDB-PB), e recebeu o primeiro recurso contra uma decisão da comissão, apresentado pelo senador Aluysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) contra o número de testemunhas que serão ouvidas na próxima fase do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Mais cedo, a comissão estabeleceu que serão ouvidas oito testemunhas para cada fato apontado contra a presidente afastada, tanto para a acusação quanto para a defesa. Isso significa um total de 48 testemunhas para cada lado, se cada decreto de suplementação orçamentária que motivou o pedido de impeachment for considerado separadamente.

O recurso do senador paulista pede que os seis decretos sejam considerados como um único fato, a ser somado às chamadas pedaladas fiscais, que deverá ser considerado outro fato, reduzindo-se, desta forma, o número de testemunhas a serem ouvidas pela comissão.

"O recurso é dirigido ao presidente da comissão, que vai juntar as notas taquigráficas e encaminhar oficialmente ao presidente do Supremo, que é a instância recursal. Eu examinarei e decidirei oportunamente. Por enquanto, esse é o único recurso que temos", disse Lewandowski.

O presidente do STF é também o presidente do processo de Impeachment e a última instância de recurso quando houver inconformismo com as decisões e procedimentos adotados pelo presidente da Comissão Processante, Raimundo Lira (PMDB-PB).

Bandidos roubam mais uma agência do Banco do Brasil no Bessa, em João Pessoa


Levantamento do Sindicato dos Bancários aponta que este é o 47º caso este ano

Mais uma ação de bandidos ocorreu em uma agência do Banco do Brasul no bairro do Bessa, em João Pessoa. Desta vez, bandidos arrombaram a agência da Aveninda Afonso Pena, e levaram parte do dinheiro do cofre.

Os homens teriam utilizado um maçarico para ter acesso ao compartimento. A ação foi registrada pelas câmeras de segurança do Banco, e serão uilizadas pela polícia durante a investigação. Segundo o registro, os bandidos estiveram no local por volta das 5h desta manhã.

A polícia foi acionada e compareceu ao local, mas a ação dos criminosos já havia sido encerrada. Viaturas da PM fizeram diligências pelas redondezas, mas os bandidos não foram localizados.

Levantamento do Sindicato dos Bancários aponta que este é o 47º caso de crime contra agências neste ano, em todo o estado

Wscom

Chuvas castigam JP e causam alagamentos e engarrafamentos por toda a cidade; confira

As chuvas que caem na Capital paraibana desde a noite desta quinta-feira (02), causam transtornos em diversas áreas da cidade, com alagamentos e engarrafamentos na manhã desta sexta-feira (03).

De acordo com a Defesa Civil apenas nas últimas 12h já choveu 56 mm em João Pessoa. A Semob vem divulgando nas redes sociais a situação do trânsito em vários locais.

(07:19) Fluxo intenso em todas as retenções de semáforos da Av. Rui Carneiro.

(07:22) Trânsito flui livremente nas alças do Trevo das Mangabeiras.

(07:24) Na principal dos Bancários, trânsito lento a partir da Praça da Paz estendendo-se até a Via Expressa Padre Zé, sentido Centro. Com alagamento na altura do Veneza.

(07:28) Lentidão em toda extensão da Av. Pedro II, sentido bairro x Centro.

(07:30) Não há registros de acidentes nas áreas monitoradas pela Semob neste momento.

(08:10) Trânsito obstruído na principal dos Bancários nos dois sentidos, em frente ao Equilibro do Ser.

(08:37) Trânsito intenso e lento na Av. Hilton Souto Maior, sentido Cristo, entre a ladeira do José Américo e o Viaduto do Cristo. Altura do Viaduto do Cristo, com pontos de alagamento na altura da A&C.

(08:38) Fluxo intenso e lento em todas as alças do Viaduto do Cristo.

(08:46) Fluxo intenso em toda extensão da Av. Pedro II, sentido bairro x Centro.

(08:51) Na rotatória do Altiplano, trânsito intenso nos acessos da João Cirilo e Odilon Coutinho.

(09:01) Na principal dos Bancários, trânsito intenso e lento até a lateral do Habibs, sentido bairro x Centro.

(09:05)Lentidão em toda extensão da Flávio Ribeiro Coutinho, sentido Centro, estendendo-se até a entrada do bairro dos Ipês na Tancredo Neves.


Paraiba.com.br

Após tumulto, aliados de Dilma se retiram da comissão do impeachment

Depois de mais de dez horas de discussões na comissão especial do impeachment no Senado, que investiga as denúncias contra a presidente afastada Dilma Rousseff, membros da bancada de apoio à petista deixaram o plenário onde o colegiado estava reunido nesta quinta-feira (2) como forma de protesto contra as decisões tomadas pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), com o apoio de governistas. Lindbergh Farias (PT-RJ), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Gleisi Hoffmann (PT-RS) deixaram a comissão junto com o ministro-chefe afastado da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, que está à frente da defesa de Dilma...

"Na condição de todos os advogados que já fizeram a defesa, sinto que o exercício da advocacia, infelizmente, está sendo desqualificado nesse momento, como já o foi anteriormente nesta sessão. É uma situação que, a permanecer a defesa presente, estarei coonestando com uma situação de absoluta incoerência regimental, legal e constitucional. Não tenho condições, nesse momento, diante do que aconteceu nesta sessão, de aqui permanecer", contestou Cardozo, antes de deixar o colegiado.

"O jogo já está decidido. Defesa pra quê?", indagou o ex-advogado-geral da União. "Nem mais as aparências estão se mantendo. É um golpe", enfatizou, já do lado de fora da sala de audiências.

Opositores e aliados a Dilma se desentenderam sobre a votação dos mais de 80 requerimentos protocolados, feita em globo. Ou seja, a apreciação dos documentos apresentados à presidência da comissão foram votados em conjunto, sem o debate sobre a questão individual de cada pedido.

Cardozo destacou ainda que pretende procurar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, "principalmente" para poder usar os áudios de Sérgio Machado na defesa da presidente afastada, já que o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), sinalizou que não vai autorizar o uso das mídias. Outra solicitação do advogado de defesa será por maior prazo para que a análise dos requerimentos seja realizada sem a junção dos requerimentos.

O ex-ministro da Justiça fez duras críticas às acusações pessoais feitas a ele. Na sessão, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) afirmou que Cardozo estava "abusando da paciência" dos membros do colegiado.

"Eu não aceito, como advogado, que o direito de defesa seja tratado como chicana. É evidente que vossa excelência tem o direito de falar, mas eu não aceito que o exercício de direito de defesa, que é uma cláusula pétrea da Constituição, nos artigos 5 e 55, seja tratado como chicana. Eu não tenho vocação nenhuma para me transformar num Catilina para abusar da paciência", rebateu Cardozo.

Cronograma de trabalhos

A previsão do colegiado era aprovar o calendário com as datas previstas para o desenrolar do processo na comissão especial na manhã de hoje (quinta, 2). Entretanto, ainda no início da sessão, Raimundo Lira acatou um pedido para reduzir os prazos de alegações finais da acusação e da defesa de 15 para 5 dias, atendendo a uma questão de ordem apresentada pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS).

Cardozo contestou a decisão do presidente e defendeu que o prazo de 15 dias seja mantido, com base no rito do impeachment de Fernando Collor, em 1992. A votação do cronograma foi transferida para a sessão da próxima segunda-feira (6).

"Esta será a maior violação já vista neste processo desde que ele foi recebido pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha", afirmou Cardozo. O advogado de Dilma disse que considera a contestação a etapa mais importante da defesa, pois ela se dá após a produção de provas. A defesa já antecipou que vai ao STF pedir a anulação da decisão de Lira.

Na semana passada, o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou um cronograma em que os trabalhos da comissão seriam encerrados no dia 2 de agosto. Com a redução do prazo para acusação e defesa, o cronograma encolheu em 20 dias. Sendo assim, a votação final do caso pode acontecer já no mês de julho.

PB Acontece

Pedreiro é preso suspeito de estuprar enteada de 11 anos; vítima o denunciou à polícia


Imagem Ilustrativa

Um pedreiro de 30 anos foi preso nesta quinta-feira (2), em São José de Piranhas, no Sertão da Paraíba, a 503 km de João Pessoa, suspeito de estuprar a própria enteada, de 11 anos, que o denunciou, na companhia da mãe, à delegada Cristiana Roberta, na delegacia da Mulher do município vizinho de Cajazeiras.

Leia também: Uma mulher é estuprada a cada 40 horas na PB; secretário avalia estatística

Segundo o delegado Braz Morrone, do Grupo Tático Especial da Polícia Civil de Cajazeiras, a delegada da Mulher solicitou a prisão do suspeito e o GTE fez buscas e executou a detenção.

"O pedreiro foi localizado trabalhando em uma obra, negou tudo ao ser interrogado e se mostrou surpreso pelo motivo da prisão", disse Braz, que revelou que as investigações indicaram que os abusos sexuais ocorriam há pelo menos três anos.

"A menina começou a apresentar comportamentos estranhos, agressivos, na escola e em casa. Ela foi levada para tratamento com psicólogo. Foi aí que ela se abriu e revelou os abusos", afirmou o delegado. Conforme explicou, a mãe da garota, que já tem dois filhos com o suspeito, disse que não sabia de nada e já estranhava pedidos recorrentes da vítima para se mudar para Cajazeiras. O objetivo seria fugir do padrasto.

A criança foi submetida a exames que comprovaram os abusos sofridos. O suspeito detido foi encaminhado para a delegacia de Polícia Civil de Cajazeiras. Nesta sexta-feira (3), ele fará exame de corpo de delito e será conduzido para a cadeia de São José de Piranhas, onde aguardará o andamento do processo judicial.

 Portal Correio

Cerveró diz que Dilma está envolvida com Pasadena, Collor tinha operador e FHC tem rabo preso

A delação do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi homologada no fim de 2015, mas estava sob sigilo no Supremo Tribunal Federal e só foi divulgada nesta quinta-feira (2) porque o Ministério Público Federal entendeu que não era mais necessário esse sigilo já que as investigações estão adiantadas e que seria possível essa divulgação oficial.

O JN teve acesso à íntegra das delações de Nestor Cerveró. Quatro pontos foram destacados. Num dos depoimentos, Cerveró falou que a presidente afastada Dilma Rousseff sabia sim de todos os detalhes da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, inclusive do pagamento de propina aos agentes políticos e políticos do PT.

No depoimento, Cerveró disse que "supõe que Dilma Rousseff sabia que políticos do Partido dos Trabalhadores recebiam propina oriunda da Petrobras. Que, no entanto, o declarante nunca tratou diretamente com Dilma Rousseff sobre o repasse de propina, seja para ela, seja para políticos, seja para o Partido dos Trabalhadores. Que o declarante não tem conhecimento de que Dilma Rousseff tenha solicitado na Petrobras recursos para ela, para políticos ou para o Partido dos Trabalhadores".

Num segundo ponto, Cerveró diz que ouviu do ex-advogado dele, Edson Ribeiro, que Dilma o ajudaria. Edson Ribeiro contou para Cerveró que Delcídio do Amaral havia lhe dito que teve uma reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff, e ela dissera ao senador que não se preocupasse porque ela "cuidaria dos meninos", referindo-se a Nestor Cerveró e ao ex-diretor da área de Serviços da Petrobras, Renato Duque, que também foi preso pela Lava Jato.

Num terceiro ponto, Cerveró disse que a Petrobras orientou um negócio com uma firma ligada ao filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No depoimento, Cerveró disse que Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e os dirigentes de uma empresa chamada Union Fenosa, acreditavam que o negócio estava acertado, faltando apenas a assinatura para a finalização. "Mas, no entanto, o negócio já estava fechado com uma empresa vinculada ao filho do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, de nome Paulo Henrique Cardoso."

No quarto ponto, Cerveró também disse que a UTC pagou de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões a Fernando Collor por meio do operador Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro de Collor.

No seu depoimento, Cerveró não cita se sabia se Fernando Henrique Cardoso tinha envolvimento direto nesse negócio.

Com a delação, graças a esse acordo, Cerveró vai sair da cadeia no dia 24 de junho. Vai para casa onde cumprirá prisão domiciliar. Pelo acordo ele só pode ser condenado a no máximo 25 anos de prisão, mas terá de devolver aos cofres públicos mais de R$ 17 milhões que ele teria desviado através desse esquema de corrupção na Petrobras.

O JN entrou em contato com a assessoria da presidente afastada Dilma Rousseff, mas até o momento não obtivemos retorno.

O JN não conseguiu contato com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que está em viagem, na Europa. O filho dele, Paulo Henrique Cardoso, disse que não conhece as empresas mencionadas e negou que tenha qualquer vínculo com elas.

Collor tinha operador de propinas de codinome 'Pânico'

Cerveró mencionou propina de R$ 6 mi a R$ 10 mi para Collor em negócio da BR Distribuidora(Evarista Sa/AFP)

Um dos principais alvos da delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da BR Distribuidora e da Petrobras, é o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC-AL). Segundo Cerveró, Collor tinha um operador do PTB, seu antigo partido, de apelido "Pânico". Pânico "estava sempre na BR", relatou o delator. Segundo Cerveró, Collor arrecadava propina na compra de álcool de usineiros e também nos acordos para uso de "bandeira" das distribuidoras de combustível em postos de São Paulo. O ex-diretor da Petrobras afirmou que Collor levou entre 6 e 10 milhões de reais na negociação para que a rede de postos da DVBR – Derivados do Brasil SA se associasse à BR Distribuidora. A subsidiária da Petrobras pagou 150 milhões pelo negócio. (Felipe Frazão, de Brasília)

Delator diz que contrato do Planalto pagou despesa de campanha de Dilma

O lobista Benedito Oliveira Neto, o Bené, afirmou, a partir de acordo de delação premiada, que Giles Azevedo, um dos mais próximos assessores da presidente afastada, Dilma Rousseff, usou um contrato da Secretaria de Comunicação da Presidência, de R$ 44,7 milhões, para pagar dívidas da campanha de Dilma com a agência Pepper. Segundo Bené, o contrato foi firmado entre a Secretaria de Comunicação e a agência Click, que teria sociedade com a Pepper. É a primeira vez que surge uma denúncia sobre desvio de dinheiro do Planalto para a campanha da presidente.

As informações sobre a delação de Bené foram divulgadas nesta quinta-feira pela revista "Época" e confirmadas ao GLOBO. Na delação, o lobista disse que soube do uso do contrato da Secretaria de Comunicação para quitar dívidas de campanha a partir de conversa com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em 2014. Pelas investigações da Polícia Federal, Bené era amigo de Pimentel e operador do esquema dele. Ele teria atuado para arrecadar dinheiro para campanha e intermediar pagamento de propina ao governador.

Bené falou sobre o contrato da Secretaria de Comunicação nas investigações da Operação Acrônimo, da PF. A partir de agora, a PF deverá abrir um inquérito específico para apurar a veracidade das acusações. A delação do lobista já foi homologada pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Bené está preso, mas, em razão do acordo de delação, deverá ser autorizado a acompanhar o restante das investigações em prisão domiciliar. Ex-chefe de gabinete de Dilma, Giles foi também um dos coordenadores da campanha da presidente.

COBRANÇA DE DÍVIDA DE 2010

Pelo relato de Bené, Danielle Fonteles, uma das donas da Pepper, vinha cobrando há muito tempo o pagamento de uma dívida por serviços prestados à campanha de Dilma em 2010. Num encontro com Pimentel, em 2014, o governador teria dito que Giles iria encontrar a solução para quitar o débito. A Secretaria de Comunicação da Presidência faria contrato com a Click e, a partir daí, repassaria parte do dinheiro à Pepper.

No depoimento, Bené diz: "Fernando Pimentel relatou ao colaborador que Giles Azevedo se propôs a atender ao pedido de Danielle (Pepper) a partir de contratação da agência Click em 2015, na qual a Pepper teria uma participação".

Pimentel teria confidenciado o segredo a Bené momentos depois de se reunir com Azevedo. No ano seguinte, em 2015, a Click venceu licitação e levou um contrato de R$ 44,7 milhões para prestar serviços à Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). O lobista disse que não sabe dar detalhes do suposto negócio porque soube do caso por Pimentel e não acompanhou os desdobramentos das negociações.

Na delação, o operador também acusou Pimentel, de quem era amigo até o início da delação, de receber dinheiro do grupo Caoa, representante da Hyundai no Brasil, conforme revelou O GLOBO semana passada. Segundo ele, o governador seria destinatário de R$ 20 milhões da representante da montadora.

A propina seria uma retribuição a benefícios concedidos à Caoa no período em que Pimentel estava à frente do Ministério do Desenvolvimento do governo Dilma. Segundo ele, o suborno teria sido negociado com Carlos Alberto de Oliveira Andrade e Antônio Maciel Neto, dois dos principais executivos da montadora. O lobista disse que, em alguns casos, Pimentel recebeu pessoalmente a propina.

Bené também afirmou que parte do dinheiro teria sido transferida para uma suposta conta do governador no exterior. Bené teria detalhado, ainda, desvios de verba em obras da Odebrecht na Argentina e em Moçambique financiadas, em parte, com recursos do BNDES, também no período em que Pimentel estava à frente do Ministério do Desenvolvimento.

O advogado do governador, Eugênio Pacceli, negou que Pimentel tenha conversado com Bené sobre supostas pressões da Pepper para pagamento de dívidas de campanha da presidente. Para ele, Bené mentiu em busca dos benefícios da delação premiada.

"Tais encontros e conversas nunca existiram. As notícias são absolutamente falsas, uma a uma, e demonstram, em tese, o desespero de quem está disposto a alimentar o imaginário acusatório e de previa condenação que assola o Brasil há tempos. Basta ler a reportagem (da 'Época') para ver que o delator sequer discorre sobre fatos, mas sobre supostas conversas mantidas com diferentes interlocutores", disse o advogado, em resposta por escrito ao jornal.

Pacceli também criticou a divulgação de trechos da delação, que está sob sigilo. "O que aqui se repele, portanto, são as notícias veiculadas e não os termos da tal delação, que, repita-se, está acobertada pelo sigilo, expressão que parece já fora de nosso cotidiano", afirmou.

O advogado Cleber Lopes, da Pepper, também afirmou que as acusações de Bené "são totalmente inverídicas". "Essa questão, aliás, já foi tratada no curso das investigações e é de conhecimento das autoridades competentes", disse. A Pepper, segundo ele, não tinha nada a receber da campanha de Dilma de 2010. A empresa não teria também vínculos comerciais com a Click, como sustenta Bené. O GLOBO tentou, mas não conseguiu localizar Giles Azevedo.

NOVA DENÚNCIA DE PROPINA

Na delação, Bené também acusou Pimentel de cobrar propina de R$ 5 milhões do grupo JHSF. Em troca, abriria caminho para atuação do grupo no aeroporto Catarina, em São Roque. O lobista disse que, na arrecadação para campanha de Pimentel, chegou a guardar R$ 12 milhões em espécie num apartamento em Brasília. Ele disse ainda que parte do dinheiro arrecadado teria sido usada em outras campanhas do PT.

As investigações sobre os laços entre o governador e o lobista tiveram início logo depois da campanha de 2014. Bené foi detido ao chegar a Brasília, depois de participar da campanha de Pimentel. O lobista e outros ex-funcionários da campanha não souberam explicar a origem de mais de R$ 100 mil em espécie que o grupo trazia em um avião de Bené. A partir de um inquérito aberto para investigar a origem dos recursos não declarados, a PF descobriu ligações financeiras entre Oliveira e Pimentel.

Pelas investigações da polícia, o lobista pagou duas viagens do governador com a mulher. Uma viagem aos Estados Unidos e outra ao litoral da Bahia. No período, Pimentel era ministro do Desenvolvimento. Para a polícia, Bené fazia intermediação de negócios de empresas interessadas em decisões do governo federal em nome de Pimentel. Os negócios renderiam pagamentos para ambos. Com dinheiro recebido da Caoa, Pimentel teria bancado despesas de campanha ao governo de Minas e até se tornado sócio de um grande restaurante.

A partir da delação de Bené, a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, deverá aditar a denúncia já formulada contra Pimentel e contra os dirigentes da Caoa por corrupção e lavagem de dinheiro. Também deverão ser abertos novos inquéritos para investigar cada uma das novas denúncias. Com um vasto currículo de irregularidades, Bené confessou até fraude numa licitação na Universidade de Brasília. A acusação surpreendeu os investigadores, que nada sabiam do caso. Pelo acordo de delação, Bené não pode mentir ou imputar acusação falsa a qualquer pessoa. Caso contrário, poderá perder os benefícios da delação.

Em delação premiada, divulgada nesta quinta-feira, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou que Dilma não só tinha conhecimento de todos os detalhes sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, como também deveria saber que políticos do PT recebiam propina da Petrobras.

Merval Pereira: esquema da Petrobras pagou despesas pessoais de Dilma

Já existem documentos em posse da Procuradoria-Geral da República que revelam que a presidente afastada, Dilma Rousseff, tinha conhecimento do teor das negociações envolvendo interesses políticos na compra da refinaria de Pasadena, antes da reunião do Conselho de Administração da Petrobras que aprovou o negócio. 

Os envolvidos na venda de Pasadena trocavam mensagens em uma rede de e-mails do Gmail que não era rastreável, pois as mensagens ficavam sempre numa nuvem de dados, sem serem enviadas. Numa dessas mensagens, na véspera da reunião decisiva, há a informação de que "a ministra" já estava ciente dos arranjos dos advogados.

Em outras mensagens, há informações sobre pagamentos de itens pessoais da presidente pelo esquema montado na Petrobras, como o cabeleireiro Celso Kamura, que viajava para Brasília às custas do grupo. Cada ida de Kamura custava R$ 5 mil. Há também indicações de que um teleprompter especial foi comprado para Dilma sem ser através de meios oficiais, para escapar da burocracia da aquisição.

Um tiro no pé da defesa

O pedido do advogado da presidente afastada para incluir no processo do impeachment em curso no Senado os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado é um tiro no pé da defesa, pois amplia o escopo das acusações para incluir a Lava-Jato. O relator, o tucano Antonio Anastasia, fez um favor a José Eduardo Cardozo recusando o pedido, pois ele poderia fazer com que a bancada do atual governo levasse para o processo gravações de Lula com o mesmo objetivo de cercear as investigações da Lava-Jato.

Na reunião da comissão do impeachment ontem, essas gravações de Lula já apareceram nos debates e, se o escopo da denúncia fosse ampliado, poderiam entrar as contas de 2014 e as denúncias do ex-senador Delcídio Amaral sobre tentativas da própria Dilma Rousseff de libertar empreiteiros presos.

A nomeação do ministro Marcelo Navarro para o STJ, com o objetivo de libertar Marcelo Odebrecht, foi confirmada pelo próprio nas tratativas para sua delação premiada, dando veracidade ao relato de Delcídio.

Está claro, com a tentativa de anexar aos autos as gravações de Sérgio Machado sobre a Lava-Jato, a vontade de limitar a acusação às pedaladas de 2015 e aos decretos não autorizados pelo Congresso para dificultar a acusação e o desejo de ampliar o raio de ação da defesa para dar ares de verdade à acusação de golpe.

Se o chamado conjunto da obra do governo Dilma entrasse na roda do julgamento, com todas as acusações que estão sendo reveladas agora, não haveria como defender a presidente afastada.
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