sexta-feira, 24 de junho de 2016

Grupo de São Paulo é preso em João Pessoa suspeito de aplicar o golpe da agência de modelos


Conversa entre os integrantes da agência

Um grupo do estado de São Paulo foi preso em João Pessoa, nesta sexta-feira (24), suspeito de aplicar o golpe da agência de modelos. Segundo o delegado Lucas Sá, chefe da Delegacia de Defraudações e Falsificações da capital paraibana, os seis presos atuam em todo país e a suspeita é que o grupo tenha arrecado mais de meio milhão de reais com a promessa do falso emprego.

O delegado explicou que dois suspeitos foram presos em flagrante em um hotel no bairro de Tambaú, onde o grupo recebia os jovens apresentando a proposta fraudulenta da agência. "Outros quatros membros da associação estavam vindo em um voo Guarulhos/João Pessoa. A equipe da DDF foi deslocada para o Aeroporto Castro Pinto e prendeu em flagrante os quatro membros restantes, no momento do desembarque", falou.

Segundo a Polícia Civil, a DDF chegou aos suspeitos através de denúncia encaminhada pelo Disque Denúncia da Polícia Civil (197), confirmando que os suspeitos fazem parte de uma associação criminosa que age em todo o país, há mais de três anos, especializada na prática dos crimes de estelionato, na modalidade conhecida como "golpe da agência de modelos".

"O golpe da agência de modelos é praticado da seguinte maneira: os suspeitos se apresentam como uma empresa séria, idônea, que intermediaria a contratação de pessoas aspirantes à carreira de modelo. Os suspeitos utilizam as redes sociais para atrair clientes e marcam eventos em todo o país, através dos quais os interessados preenchem cadastros junto à suposta empresa. Nos dias seguintes aos eventos, a associação criminosa passa a ligar para os candidatos cadastrados, informando que os mesmos teriam sido selecionados pela agência para seguir a carreira de modelo, passando a cobrar valores que variam entre R$ 2 mil a R$ 5 mil por pessoa, para que fossem custeadas despesas do contrato", explicou Lucas Sá.

Ainda segundo o delegado, "ao receberem os valores das vítimas, os suspeitos simplesmente deslocam-se para a cidade seguinte, onde dão sequência à execução dos golpes, de maneira que nenhuma intermediação à carreira de modelo é feita pela empresa e os candidatos, além de serem enganados, são obrigados a suportar o prejuízo financeiro pelos valores investidos. As vítimas sequer sabem como postular o ressarcimento dos valores investidos, uma vez que os contratos assinados não contêm os elementos necessários, contribuindo para que os suspeitos permaneçam impunes e continuem a executar as condutas criminosas, conseguindo obter um elevado lucro em razão das fraudes praticadas", comentou.
Falso contratos da agência

De acordo com a Defraudações de João Pessoa, a Polícia Civil da Paraíba fez uma pesquisa na internet e possibilitou a identificação de dezenas de vítimas da mesma empresa, em vários estados. As vítimas relataram ter investidos altos valores e que os suspeitos desapareceram após o pagamento, agindo de maneira nitidamente criminosa.

Os presos foram levados para a Central de Polícia Civil da Capital. Eles vão responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa. O grupo será apresentado na segunda-feira (27), a audiência de custódia.

Portal Correio

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