terça-feira, 10 de maio de 2016

PF vê indícios de desvio de verbas da reforma agrária na Paraíba para irrigar 'caixa 2’


Polícia Federal

A descoberta pela Polícia Federal da Paraíba de um esquema que culminou em desvio que ultrapassa R$ 80 milhões dos cofres do governo federal destinados à reforma agrária no estado levanta a suspeita que o dinheiro desviado tenha sido para o financiamento de campanha eleitoral no estado. Dois servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-PB) foram afastados das funções, nesta terça-feira (10), durante a 'Operação Terra Arrasada'.

Segundo o delegado da Polícia Federal, Francisco Martins, os indícios das investigações apontam que os recursos desviados teriam abastecido campanhas estaduais na Paraíba através de caixa dois. As investigações tiveram início no ano de 2014, a partir de ação de fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU), e prosseguiram na Polícia Federal, revelando possíveis fraudes.

"A Paraíba é o centro das investigações. Vamos confrontar os indícios que temos com os elementos de buscas apreendidos hoje (10) e também esperamos contar com a colaboração dos envolvidos. Os recursos teriam sido destinados às campanhas estaduais", comentou o delegado.

O alvo da operação foi cumprir mandados de buscas em associações que, segundo a PF, eram manipuladas para possibilitar a utilização dos recursos do governo federal para o Incra.

A ação da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e do Ministério Público Federal aconteceu nos estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Na Paraíba, os cumprimentos dos mandados aconteceram em João Pessoa, Alagoa Grande e Mari. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e dois afastamentos de cargos, tudo expedido pela 16ª Vara da Justiça Federal da Paraíba.

Os envolvidos no esquema vão responder pelos crimes de fraude licitatória, peculato, estelionato e associação criminosa.

A assessoria do Incra informou que uma nota deve ser divulgada ainda nesta terça para comentar sobre a operação da Polícia Federal.

 Portal Correio

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